O sucesso não deslumbrou Claudio Fontana, um dos atores de destaque nas novelas da década de 1990. Longe da TV, ele dedica-se ao teatro. Anos atrás, o ator lamentou o fato do veículo que o tornou conhecido em todo o país não oferecer grandes desafios para atores e atrizes.
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Descendente de espanhóis e italianos, Claudio de Toledo Fontana nasceu em São Paulo, em 3 de julho de 1962. Ele, que é formado em Economia e Administração de Empresas, chegou a praticar atletismo por 15 anos – e foi campeão brasileiro de 400 metros rasos em 1980.
A paixão pelo teatro veio dos estudos, ainda amadores, no Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, por seis anos. A carreira, então como profissional, teve início em 1990. Logo, Claudio despertou o interesse da televisão…
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Personagens inesquecíveis
O primeiro trabalho de Fontana na telinha foi em Deus nos Acuda (1992), da Globo, como o idealista Igor. No ano seguinte, ele emplacou o mocinho romântico Áureo Poente, em Fera Ferida.
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O melhor papel no veículo, segundo o próprio, veio do SBT. Logo após concluir ‘Fera’, Claudio Fontana seguiu com os colegas Joana Fomm, Juca de Oliveira e Tuca Andrada para As Pupilas do Senhor Reitor (1994). No remake da obra produzida originalmente pela Record, ele defendeu Manuel do Alpendre, que buscava pela mãe desconhecida.
O artista voltou à Globo logo depois, como apresentador do Globo Ecologia. Nos anos seguintes, passou por várias novelas e emissoras: O Amor Está no Ar (1997, Globo), Tiro e Queda (1999, Record), Pequena Travessa (2002, SBT), entre outros títulos. Ainda, as minisséries Um Só Coração (2004) e Rei Davi (2012).
Claudio está longe das novelas de I Love Paraisópolis (2015), na qual encarnou Dilson. Seu último registro no vídeo vem da série Confissões Médicas (2018), do canal a cabo Discovery, como o Dr. Gaiotto.
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“Televisão é muito chato”
Considerado uma das promessas de galã dos anos 1990, Fontana acabou voltando-se para o teatro, pois, conforme relatou em entrevista à revista IstoÉ Gente, de 2006, os “rótulos” da TV o incomodavam:
“Só me chamam para fazer o (papel do) filho ou pai jovem. Televisão é muito chato. Não tem desafio”.
Em matéria do jornal O Estado de São Paulo, de 14 de março de 2004, ele já havia explicado o motivo pelo qual não emplacou como galã.
“Nunca me preocupei em fazer carreira na TV, que apareceu como uma coisa esporádica. Para mim, ator mesmo é o de teatro”, afirmou.
Claudio Fontana tem se dedicado quase que exclusivamente aos palcos, dividindo-se entre as funções de ator e produtor. Com dezenas de peça no currículo, ele, atualmente, divide o palco com Odilon Wagner em A Última Sessão de Freud.
Aos 61 anos de idade, Claudio mantém a mesma expressão jovial de antes. Ele compartilha registros do dia-a-dia, divulgações de seus trabalhos, a rotina familiar e posts políticos em suas redes sociais.