Programa que terminava há 14 anos era o pesadelo dos foragidos
06/12/2021 às 11h20
Há exatamente 14 anos, no dia 6 de dezembro de 2007, o Linha Direta deixava de ser exibido pela Globo. O programa, que havia sido rapidamente apresentado em 1990, voltou posteriormente em 1999 totalmente repaginado, contribuindo para a resolução de centenas de casos.
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Relembre abaixo 10 curiosidades sobre a atração:
Segunda versão
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Pouca gente se lembra, mas originalmente a atração foi ao ar entre 29 de março e 24 de junho de 1990. A primeira versão tinha apresentação do jornalista Hélio Costa, criador do formato e era exibida às 22h30, após atrações como TV Pirata e Chico Anysio Show.
O programa reconstituía crimes reais, buscando solução para mistérios ainda não resolvidos. Com a exibição de fotos e dados sobre os suspeitos, o jornalístico incentivava os telespectadores a fornecer informações sobre tais foragidos.
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Inspiração norte-americana
A inspiração vinha de programas e séries norte-americanas, como Yesterday, Today & Tomorrow (NBC, 1989 a 1990) e Unsolved Mysteries (NBC, 1987 a 1997 e CBS, 1997 a 1999).
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Apesar do foco em crimes, a primeira fase já abriu espaço para alguns casos que misturavam histórias sobrenaturais e mistérios, como o suposto caso de abdução alienígena A Máscara de Chumbo.
Mesmo tendo ficado no ar por poucos meses, o programa conseguiu localizar diversos acusados.
A volta do formato
Oito anos mais tarde, em 1998, a Globo começou a estudar a volta do formato. Naquele ano, Marcelo Rezende entrevistou o serial killer Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, como piloto do programa.
A entrevista foi exibida no Fantástico e ganhou imensa repercussão, devido ao tom pesado da conversa. No total, foram sete meses de preparação para a estreia do revival.
Estreia chamou atenção da mídia
No dia 27 de maio de 1999, a emissora estreou a nova versão do Linha Direta, às quintas-feiras, na faixa das 22h, no lugar do humorístico Zorra Total, que migrou para os sábados.
Na ocasião, Rezende deu declarações na imprensa, afirmando que não cometeria erros vistos na entrevista com o Maníaco do Parque, se referindo às críticas que havia recebido no ano anterior.
O primeiro programa reconstituiu as mortes misteriosas de Paulo César Farias e Suzana Marcolino, atraindo grande atenção da mídia.
Central telefônica
Em cada programa, eram mostrados dois casos que permaneciam sem solução, convidando os espectadores a contribuírem com informações sobre os criminosos responsáveis por estes, através de linhas de telefone.
A Globo disponibilizava uma central telefônica específica para atender os espectadores do programa, funcionando 24 horas por dia, sem interrupções.
Reconstituições
Um grande atrativo da produção era o uso de reconstituições para simular o crime, mostrando detalhes do que havia acontecido.
Ao todo, cerca de 150 profissionais eram necessários para a realização da atração.
Troca na apresentação
Em agosto de 2000, Marcelo Rezende deixou a apresentação do jornalístico, sendo substituído por Domingos Meirelles.
A partir daquele ano, a Globo passou a disponibilizar também um site para acolher as denúncias.
Criminosos se entregavam antes
Ao longo do tempo, diversos criminosos se entregaram à Justiça assim que souberam que seriam mostrados no programa, mesmo antes de suas edições irem ao ar, tentando evitar que seus crimes fossem exibidos em rede nacional.
Edições especiais
Ampliando o escopo de pautas, mensalmente uma edição tinha tom diferente. A primeira variação era o Linha Direta – Justiça, reconstituindo crimes e tragédias históricas, como o os casos Doca Street, Chico Picadinho e Bandido da Luz Vermelha.
A outra edição especial exibida uma vez por mês era o Linha Direta – Mistério, trazendo casos sobrenaturais como A Maldição do Edifício Joelma, Experiência de quase-morte e Operação Prato.
Final com saldo positivo
A segunda versão do Linha Direta teve seu último episódio exibido em 6 de dezembro de 2007. Durante os anos de exibição, a Rede Globo recebeu diversas condecorações por colaborar no combate ao crime, como a Medalha Tiradentes, maior honraria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
No total, mais de 380 criminosos procurados pela Justiça por crimes como assassinato, estupro e sequestro foram encontrados.
Desde então, a volta do programa já foi especulada na imprensa em diversas ocasiões, mas nunca ocorreu.