Programa da Globo em homenagem à Marília Mendonça teve show de insensibilidade

Desde sexta (6), quando Marília Mendonça morreu em um acidente de avião, a Globo mudou toda a sua programação para homenagear a cantora. O Globo Repórter não foi exibido, o Conversa com Bial reprisou uma entrevista dela e atrações como Caldeirão e Zig Zag Arena foram canceladas para dar lugar a especiais.

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O É de Casa também entrou na onda e dedicou sua edição deste sábado (6) à memória de Marília. No entanto, o que foi visto foi um show de insensibilidade, que deixou muitos telespectadores abismados.

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O programa exibiu uma entrevista com a cantora Simaria, da dupla com Simone. Ela estava na Espanha e falou mais de si do que da colega de profissão.

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“Eu nunca saí da minha casa sem orar, sem pedir a Deus que nos levasse em paz até os lugares. Eu ia dentro do avião escutando louvores, porque era a forma que me sentia segura. Todas as vezes que entro no avião, faço esse pedido: que Deus coloque as mãos embaixo do avião”, enfatizou.

“Eu e Simone nunca entramos em um avião que não soubemos a procedência. Isso sempre foi um critério que a gente teve com a equipe. Eu ficava muito preocupada quando tinha que pegar aviões que não conhecia”, continuou.

“A nossa equipe teve sempre muito cuidado com isso. Quando a intuição batia e dizia ‘não vai’, eu segurava a onda e dizia: não vou. A falta de fidelidade com a gente é que causa determinadas coisas também. A gente tem que tomar cuidado, tem que pedir essa prevenção. Eu sempre tive os pilotos favoritos, com quem eu e minha irmã nos sentíamos seguras”, concluiu.

Nas redes sociais, o público não perdoou.

Em seguida, veio a atriz Susana Vieira, que não tinha nada a ver com o assunto e estava no programa para divulgar sua volta ao teatro.

Entre outras pérolas, ela acabou entrando no tema e disse que estava “feliz por estar viva”. Como assim?

Para completar, fizeram uma pauta sobre os 30 anos do Sportv, conversando com o narrador Luiz Carlos Júnior e as apresentadoras Bárbara Coelho e Karine Alves.

Como o assunto do acidente era inevitável, acabou-se falando bastante também do fatídico voo da Chapecoense. Não precisava. O aniversário do canal poderia ter sido comemorado tranquilamente na próxima semana.

Enfim, o É de Casa deste sábado foi uma verdadeira colcha de retalhos, com uma tentativa infeliz de fazer uma edição especial em homenagem à cantora, mas sem cancelar participações previamente agendadas e que nada agregaram à ocasião. Uma pena.

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