Processo milionário pode impedir reprise de sucesso da Globo
13/11/2024 às 13h54
A Globo desembolsou R$ 300 mil para ter direito ao uso da marca A Dona do Pedaço. Mas o título da novela de Walcyr Carrasco, grande sucesso de 2019, vem dando dor de cabeça à rede – até mesmo uma eventual reprise da novela estrelada por Juliana Paes e Marcos Palmeira (foto abaixo) poderia ser comprometida.
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Sandra Rodrigues Campos alega que a história mostrada da novela se trata de um plágio de sua vida. Inclusive, o título da trama teria sido criado por ela e serviu como o nome de um programa de TV que Sandra comandou em 2004.
Inspiração
O programa foi criado por Sandra (foto acima) e Anderson Razani, seu empresário, para uma TV local de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Na atração, que ficou no ar por quatro anos, ela ensinava receitas e fazia entrevistas.
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Porém, anos depois, de acordo com o portal Notícias da TV, a Globo comprou de Anderson Razani a marca A Dona do Pedaço para servir de título à trama protagonizada por Juliana Paes. No entanto, Sandra alega que Anderson vendeu a marca sem consultá-la.
Semelhanças
A cozinheira, em entrevista ao Notícias da TV, jura que a personagem pobre que muda de estado em busca de uma vida melhor e passa a vender bolos para sobreviver enquanto cuida da filha sozinha foi inspirada nela.
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“Quem me conhece sabe que a verdade está comigo. A história contada na novela é minha, não pode ter sido coincidência tantas coisas em comum. Entendo que existem muitas boleiras batalhadoras, guerreiras como a Maria da Paz [interpretada por Juliana Paes], mas nenhuma delas tinha um programa chamado A Dona do Pedaço, cuja marca foi vendida pela Globo no ano de estreia da novela”, disse Sandra.
“Eu nasci em Rio Verde, no interior de Goiás, e a trama da novela começa em Rio Vermelho, no Estado do Espírito Santo. Eu me mudei para Rio Preto em busca de uma vida melhor e comecei a vender bolos para sobreviver. Maria da Paz se muda para São Paulo e se torna uma famosa boleira. Tenho uma irmã chamada Fabiana, que foi criada pela minha tia porque minha mãe ficou paraplégica depois que o pai dela atirou na mulher e se matou”, comparou.
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Ainda de acordo com Sandra, sua família também esteve envolvida com atrito por arma de fogo, assim como a família de Maria da Paz. Segundo ela, quem assistia ao programa conhecia todas essas histórias. Por isso, Sandra acredita que a Globo se inspirou em sua vida, mas não pagou por isso.
Fatia generosa
Divulgação / TV GloboPor tal “inspiração”, a mulher, que é famosa no interior de São Paulo em razão do sucesso de seu extinto programa, pediu uma indenização no valor de R$ 15 milhões de reais. Deste montante, R$ 5 milhões referem-se a danos materiais; R$ 5 milhões por danos morais; e mais R$ 5 milhões por lucros cessantes.
“Os danos materiais são justificados pelo fato de a emissora ter utilizado o meu nome artístico e a minha história sem autorização. Os lucros cessantes são relacionados à falta de repasse relacionado aos direitos autorais, já que a novela faturou bastante. E os danos morais são porque não posso mais utilizar o pseudônimo A Dona do Pedaço, sob pena de estar plagiando algo que me foi plagiado”, explicou.
Resolução
A confusão veio a público em maio de 2022. Mas, segundo informou o portal Notícias da TV, no mesmo período, a Globo procurou o advogado de Sandra para uma conversa extrajudicial, no intuito de propor um acordo.
No entanto, ao portal, a Globo afirmou que “não comenta casos sub judice”. Enquanto isso, o autor Walcyr Carrasco não se manifestou.
Porém, após a divulgação do caso na imprensa, nada mais foi falado sobre o assunto. Inclusive, a trama continua disponível normalmente no Globoplay.