A Viagem – Semana #20

Alexandre nunca esteve tão onipresente quanto nesta semana. Tato, Guiomar e Téo tiveram bastante destaque por causa da influência do “diabo loiro“: na leitura do testamento de Otávio, na decisão de Guiomar de voltar para o Rio no meio da ida para a fazenda com Diná (e depois na casa de Andreza), e na internação de Téo na clínica, após ter um surto na estrada e pegar carona em um caminhão.

Vejam como um entrecho clichê – droga escondida para incriminar algum personagem, fartamente visto em inúmeras novelas – pode render bem. Foi tudo rápido. Em dois capítulos, a polícia revistou a casa de Alberto, encontrou a droga, ele foi preso, houve o auê do povo da vila na frente da delegacia em solidariedade, a confissão de Maria, ligou-se os pontos e Alberto foi solto.

Torci o nariz quando percebi que a autora usaria um clichê batidíssimo, no entanto, gostei que tudo foi resolvido muito rápido.

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 Parabéns a Fernandinha Rodrigues. Acho que nunca a elogiei aqui. Tão jovem e já tão talentosa! Todas as cenas envolvendo Bia no caso da prisão de Alberto, tanto quando Bia vai à casa da mãe para “esfregar em sua cara” a prisão do médico, quanto depois, quando Ismael a enrola tentando reverter a situação a favor dele. Jonas Bloch também, um excelente ator. Que ódio de Ismael!

 Muito boa toda a sequência da leitura do testamento de Otávio, em que Tato se revolta. Aliás, toda a situação criada pela autora, do filho se revoltar porque depende das decisões de Queiroz no escritório e porque parte da fortuna é destinada à caridade. Até estou achando Felipe Martins bem no papel de Tato revoltado!

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 Sensacional a cena em que Dona Guiomar “recebe” o espírito de Alexandre enquanto está dentro do carro de Diná e a cara dele aparece refletida no vidro do carro. A sonoplastia foi ótima.

 “Eu não joguei pedra na cruz para merecer esse castigo!“, disse Caco Antibes, digo, Raul ao responder Dona Guiomar em uma cena.

 No início eu achei ruim Lisa se fantasiar de Mascarado para ficar perto de Téo no hospital. Depois eu entendi que era uma ideia de Alberto para que ela vigiasse o amado sem ser atacada pelo espírito de Alexandre.

 Mudança de sobrenome de personagem pode acontecer no meio do percurso. Todos sabem que o médico chama-se Alberto Rezende. E em um capítulo dessa semana, ele foi chamado por Ismael de Alberto Rangel… Lembrei de Brega e Chique, em que Montenegro foi chamado primeiro de Celso Montenegro e depois de Alberico Montenegro, e Rosemere Fátima de Moraes foi chamada uma vez de Rosemere da Silva.

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 Perdão, mas me irrito profundamente com o japonês Kazuo. Porém, eu gostaria de saber a opinião alguém de origem nipônica, se o personagem está sendo bem conduzido ou se é puro suco de caricatura (como penso que é).

 Ri com as caretas de Cibele Larrama!

SOBRE O AUTOR
Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira.

SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor