Um dos pontos positivos de Terra e Paixão é a aposta em um elenco com jovens e estreantes que, somados aos veteranos, dão brilho à novela das nove. Um desses casos envolve Amaury Lorenzo, destaque na pele de Ramiro, capataz de Antônio La Selva (Tony Ramos).

Terra e Paixão - Amaury Lorenzo
Reprodução / Globo

Além da atuação, Amaury – que já atuou em outras tramas –, está se destacando por conta da beleza e do relacionamento de Ramiro com Kelvin (Diego Martins).

Todo esse sucesso, porém, quase não aconteceu. Durante a preparação para o folhetim, o ator passou por momentos de insegurança e, por pouco, não desistiu do papel.

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Trajetória artística

Terra e Paixão - Amaury Lorenzo e Tony Ramos
Reprodução / Instagram

Nascido em Congonhas, interior de Minas Gerais, o ator de 38 anos se mudou para o Rio de Janeiro aos 15 para investir na carreira artística. Foi na Cidade Maravilhosa que ele se formou em Artes Cênicas e deu sequência à sua trajetória nos palcos, iniciada quando criança.

Na televisão, Amaury Lorenzo já é conhecido. Ele estreou na Globo em uma participação especial na minissérie As Cariocas (2010) e também esteve em novelas como A Força do Querer (2017), Pega Pega (2017), O Outro Lado do Paraíso (2017), Espelho da Vida (2018) e A Dona do Pedaço (2019).

Na Record, Amaury atuou em Milagres de Jesus (2014), A Terra Prometida (2016), O Rico e o Lázaro (2017) e Apocalipse (2017).

Ele também é formado pela Royal Academy Dance Brasil e atua como dançarino, diretor e professor de teatro.

Convite especial

Terra e Paixão - Amaury Lorenzo
João Miguel Júnior / Globo

Antes de Terra e Paixão, Amaury Lorenzo passou pela novela Além da Ilusão (2022), trabalhando com o diretor artístico Luiz Henrique Rios, também responsável pelo atual folhetim das nove. Um dos produtores de ‘Além’ foi quem fez o convite para a empreitada do momento.

“Fui convidado pelo produtor de elenco da novela, Fábio Zamborini, para uma participação em ‘Além da Ilusão’. […] E o convite para ‘Terra e Paixão’ veio do mesmo produtor. Eu o recebi em um intervalo de um almoço. Sou professor de artes cênicas e parei em frente do mar para almoçar. Achei que fosse uma ligação para uma participação, e Fábio começou a falar sobre o personagem. Eu olhando, pro mar, chorei de emoção”, contou à coluna de Zean Bravo, do jornal Extra.

No entanto, após aceitar o papel, o ator enfrentou um grande dilema. Ele colocou em dúvida a própria capacidade de conduzir um personagem numa novela das nove.

Quase desistência

Terra e Paixão - Amaury Lorenzo, Cauã Reymond e Paulo Lessa
Reprodução / Instagram

O assunto veio à tona em uma entrevista ao podcast Novela das Nove, do Gshow:

“Um dos grandes desafios pra viver o Ramiro foi comigo mesmo: entender a responsabilidade que é ter um personagem grande na novela das 9, pra que eu ficasse mais tranquilo, mais pé no chão e encarasse essa responsabilidade com muito trabalho e dedicação”.

Amaury relatou que, depois de um dia difícil de gravações externas no Mato Grosso do Sul, passou por uma crise de choro. A preparadora de elenco Tati Muniz o convenceu a não desistir do trabalho durante uma conversa no estacionamento dos Estúdios Globo.

“Aquilo me pegou e eu chorei muito com ela. Eu falei: ‘Tati, você é uma preparadora de elenco extraordinária. Eu não posso abandonar o Ramiro. Em 25 anos de carreira, eu nunca abandonei trabalho e não vou abandonar agora’. A gente se abraçou, choramos muito. Então a Tati Muniz foi decisiva pra que o Ramiro acontecesse”, confidenciou.

Sucesso nas redes sociais

Terra e Paixão - Diego Martins
Ellen Soares / Globo

Amaury Lorenzo não tem do que se arrepender, já que Ramiro é sucesso nas redes sociais. O capataz é constantemente mencionado pelo público nos comentários sobre Terra e Paixão, especialmente por sua aproximação com Kelvin (Diego Martins, foto acima) – indicando que o personagem se envolverá em um romance com o garçom do bar mais movimentado de Nova Primavera.

“Batalho desde muito cedo. […] Passei por muitas dificuldades, em todos os sentidos, pra que hoje eu conseguisse um personagem apaixonante – eu sei que as pessoas pensam que ele é um vilão, mas depois elas vão se apaixonar por ele, tenho certeza! Quando a repercussão começa a chegar, quando a gente começa a receber os elogios pelo trabalho, é como um presente. Estou muito emocionado”, comemorou.

Além do êxito às nove, Amaury Lorenzo também está em cartaz com a peça A Luta, inspirada na obra Os Sertões, de Euclides da Cunha, no Rio de Janeiro.

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