Como parte do novo projeto da série, Malhação Sonhos ganhou, pela primeira vez, um complexo cenográfico que reúne estúdios e cidade cenográfica em um espaço de aproximadamente cinco mil metros quadrados.

Com cenografia de João Irênio e Alessandra Cirino e produção de arte de Isabela Sá e Eugênia Makararoun, o espaço abriga a praça principal do bairro, com a banca de Dalva (Iná de Carvalho), a antiga fábrica de tecidos onde fica a Academia de Lutas do Gael e a Ribalta, a academia de natação, a parte externa das residências de Marechal Hermes e os cenários das casas dos núcleos principais da trama.

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“O principal material utilizado foi a nossa alma, energia e vontade para criar esse vasto mundo de sentimentos”, abstrai João, sobre a criação desse universo de sonhos. As apresentações de arte e de luta são fundamentais na composição dos ambientes. “Tanto a Ribalta quanto a academia de lutas do Gael são discretas, neutras, porque as cores vêm dos personagens, das apresentações e das montagens que teremos”, complementa Isabela Sá.

Para criar o centro de ações da série, a equipe de cenografia se inspirou no centro de artes Beaubourg, localizado em Paris, onde o exterior é, na verdade, uma grande instalação e composição gráfica, deixando expostos as tubulações, instalações hidráulicas, elétricas, andaimes e redes coloridas de proteção.

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Já o interior da fábrica conta com diversas referências. “Para a Ribalta, nos inspiramos em salas clássicas de teatro, corpo e voz nacionais, europeias e americanas”, conta o cenógrafo. A escola de artes tem aproximadamente 600 metros quadrados, com palco, camarins e salas espaçosas para as aulas. E a Academia de Lutas do Gael, é semelhante aos tradicionais espaços de muay thai. A produtora de artes revela que optou também por cores neutras, como o cinza no interior, e criou uma logo azul e amarela.

A área que ambienta Marechal Hermes não nos remete exatamente ao bairro e sim a um local abandonado pelas pessoas e governantes. “É como um grande cortiço. Um lugar mais árido e com um sentimento humanizado”, define João Irênio. O cenógrafo também explica que tanto a cidade cenográfica como o estúdio foram projetados para receber outras áreas ao longo da série.

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A praça principal, inspirada no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, recebeu a arte da grafiteira Pânmela Castro, conhecida internacionalmente pelo seu trabalho original. Ao todo, a cidade cenográfica recebeu cinco desenhos da artista, sendo dois na Ribalta, em tapadeiras móveis e no muro do estacionamento da praça principal, com estilo de natureza morta.

Já o Perfeitão, restaurante de Delma (Patrícia França) e Marcelo (Felipe Camargo), segue o conceito descolado com reciclagem. “O estabelecimento tem uma cozinha viva, que funciona com geladeira, forno. A ideia é preparar pratos de verdade lá”, comenta Isabela.

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