Alguns mistérios rondam o final do remake de Renascer, mas já é possível vislumbrar um desfecho repleto de emoção. Afinal, foi isso o que aconteceu na primeira versão da trama, escrita por Benedito Ruy Barbosa em 1993.

Marcos Palmeira na primeira versão de Renascer
Marcos Palmeira na primeira versão de Renascer

O autor, aliás, ofereceu o final que o público pediu. A novela terminou com os desfechos esperados pela audiência, inclusive o reencontro de José Inocêncio (Antonio Fagundes) e Maria Santa (Patrícia França) e o perdão de João Pedro (Marcos Palmeira).

Como foi o final da primeira versão de Renascer?

A segunda fase de Renascer foi marcada pela maneira rude com que José Inocêncio (Marcos Palmeira) trata o filho caçula, João Pedro (Juan Paiva). No fundo, o fazendeiro culpa o jovem pela morte de Maria Santa (Duda Santos), que morreu em seu parto.

O público se compadeceu da dor de João Pedro. Isso também aconteceu na primeira versão, quando o rapaz era vivido por Marcos Palmeira. Os espectadores de Renascer, então, passaram a novela toda esperando o dia em que pai e filho finalmente se reconciliariam após tanto sofrimento.

Por isso mesmo, o autor Benedito Ruy Barbosa não decepcionou o público e reservou para o final de Renascer este momento de pura emoção. Além disso, o desfecho também mostrou a morte de José Inocêncio e a volta de Santinha, levando o público ao delírio.

Sem surpresas

Em 4 de novembro de 1993, o Jornal do Brasil adiantava os principais desfechos de Renascer. A publicação destacava o fato de as soluções da trama serem exatamente o que o público estava esperando.

O perdão entre José Inocêncio e João Pedro aconteceu bem no final, quando o fazendeiro estava debilitado por conta de uma pneumonia e o caçula decidiu tirar o facão do pai do jequitibá para deixar o “rei do cacau” partir. No lugar, João Pedro enterrou o seu facão, tornando-se uma espécie de sucessor de seu pai.

Em seguida, os dois se abraçaram emocionados e João Pedro declarou seu amor ao pai.

“Eu também amo você, meu filho. Me perdoe por nunca ter dito isso”, responde José Inocêncio, dando um beijo no filho e morrendo em seguida.

Mais emoções

Com a morte de José Inocêncio, João Pedro assumiu a fazenda e terminou a história feliz ao lado de Sandra (Luciana Braga/Giullia Buscacio) e do herdeiro deles. Enquanto isso, Maria Santa reapareceu para buscar o fazendeiro, promovendo o reencontro do casal em outro plano.

Já Mariana (Adriana Esteves/Theresa Fonseca) decidiu ir embora da fazenda. Foi revelado que foi ela a responsável pela morte do coronel Teodoro/Egídio (Herson Capri/Vladimir Brichta), e o ato serviu como redenção à personagem.

O final de Renascer também mostrou a felicidade de Joaninha (Tereza Seiblitz/Alice Carvalho) e Lívio (Jackson Antunes/Breno da Matta). Na primeira versão, o personagem era padre, mas largou a batina para ficar com a catadora de caranguejo – do jeitinho que o público queria.

Quem ficou com quem na primeira versão de Renascer?

Durante a primeira versão de Renascer, o público se empolgou com o romance entre Eliana (Patrícia Pillar/Sophie Charlotte) e Damião (Jackson Antunes/Xamã). Era um caso proibido, já que a jovem se casa com Teodoro/Egídio, enquanto o ex-matador era marido de Ritinha (Isabel Fillardis/Mell Muzzillo).

Pois o final feliz deles também foi garantido. No final, Eliana apareceu poderosa, dona das terras que herdou do marido falecido, e contratando Damião como capataz – mantendo-o assim por perto para seguir com o romance às escondidas. Ele, inclusive, apareceu chorando pela primeira vez, emocionado com o nascimento do filho.

Já Iolanda, a Dona Patroa (Eliane Giardini/Camila Morgado) embarcou numa viagem para o Líbano com o novo amor, Rachid (Luiz Carlos Arutin/Almir Sater).

E mais: Deocleciano (Roberto Bomfim/Jackson Antunes), Morena (Regina Dourado/Ana Cecília Costa) e Zinho/Zinha (Cosme dos Santos/Samantha Jones) ganharam a posse das terras que tanto trabalharam.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor