Primeira mulher trans do BBB ficou apenas uma semana na casa

Participante do BBB11, Ariadna foi eliminada na primeira semana do programa e ficou marcada na história do reality por ser a primeira (e, até o momento, única) mulher trans a participar do reality show.

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Dentro da casa mais vigiada do Brasil, em 2011, Ariadna confessou, em conversa com Lucival e Daniel, ser transexual. Ela pediu, no entanto, que os dois não revelassem nada aos outros confinados.

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A sister contou detalhes da sua vida e como foi a operação de mudança de sexo, mas ressaltou:

“A fase do transexual já passou. Eu sou uma mulher e pronto”.

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Ariadna também revelou detalhes de sua vida para Jaqueline, Janaina e Paula. A moça abriu o coração para as sisters e chorou quando falou sobre seu passado.

Em outro momento, Ariadna comentou com Igor sua complicada relação com a família e disse que não tinha muita afinidade com seus parentes.

Retorno aos holofotes

Dez anos depois, Ariadna participou de outro reality. Desta vez, esteve na edição de 2021 de No Limite.

Ela foi a terceira a deixar a atração e sua passagem foi marcada por memes e debates que movimentaram as redes sociais.

Quando foi eliminada, ela aproveitou para criticar uma colega de programa, Íris Stefanelli, colocando-a como uma pessoa negativa e reclamona.

Ambas tiveram alguns atritos durante a atração, entre eles uma discussão sobre prostituição e privilégios.

“É muito fácil uma mulher que é cisgênera, branca, loira dos olhos verdes, que fez questão de falar pra todo mundo lá que ganhou R$ 1 milhão na Playboy.

Eu tive algumas dessas oportunidades, mas de maneiras diferentes. Ela foi apresentadora por muito tempo e me deram um dia de apresentadora. Ela ganhou x posando nua e eu ganhei mil vezes menos por milhões de questões.

Tiveram que fazer uma enquete pra saber se os leitores queriam que eu realmente posasse nua e ela não teve isso. São realidades diferentes e que as pessoas precisam ver com clareza. A vida de uma mulher transexual num país que mais matam mulheres trans não é fácil, gente”, disse a ex-BBB em conversa com Ana Clara.

Dificuldades

Na época, a carioca fez também um desabafo sobre a dificuldade de firmar parcerias e contratos com marcas.

“Já estou aí [na mídia] há muito tempo, mas não tenho uma marca que queira se associar a mim, que queira mesmo chegar em cima. Sou a mulher trans mais seguida e, no entanto, esse quadro não muda. É muito triste falar isso, mas você não vê uma trans com um milhão de seguidores”, contou em uma entrevista à Marie Claire.

Linn da Quebrada

É importante ressaltar que, no BBB22, a participante Linn da Quebrada não se identifica como mulher trans, mas travesti.

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Uma discussão sobre identidade de gênero veio à tona depois que alguns participantes usaram pronomes masculinos para se referir a ela.

Ao G1, a historiadora e comunicadora Giovanna Heliodoro falou sobre o assunto:

“Por muito tempo, as pessoas acreditaram que a mulher trans era a ‘mulher operada’. Enquanto travesti era a ‘pessoa que não operou’ e se parecia mais com homem. Esse pensamento é extremamente errôneo e abominável hoje em dia. A gente entende que nada tem a ver com cirurgia ou com o que é mais feminino”.

“Uma é uma identidade historicamente latino-americana, que foi reprimida. A palavra trans é aquela que se encontra dentro do espectro binário, ou seja, a mulher trans se reconhece dentro da mulheridade, o que é se assumir mulher na sociedade. Enquanto a travesti se assume, como muito bem disse Linn da Quebrada, para além disso: ‘não sou homem, não sou mulher. Sou travesti’”, completou a historiadora.

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