As próximas semanas serão decisivas para a continuidade de Luiz Weber (foto abaixo), diretor de Jornalismo do SBT em Brasília há apenas cinco meses. O difícil início do SBT News, portal de notícias recém-criado, e os telejornais locais da capital flertando com o traço absoluto de audiência já pesam contra a continuidade de sua gestão.

Profissional experiente na mídia impressa, mas sem nenhuma vivência na televisão e no digital, Weber falhou em todas as tarefas designadas pelos executivos de São Paulo, que já o avaliam como incapaz de reverter a crise de audiência do SBT Brasília, e tampouco capaz de fazer o portal de notícias da rede decolar.

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De fato, os números depõem contra o ex-secretário de redação da Folha de S.Paulo. Com exclusividade, o TV História obteve acesso aos números de produtos geridos por ele nos últimos meses. Alvo de um grande investimento da matriz, o SBT News se tornou motivo de chacota por conta das decisões de seu principal executivo.

O portal de notícias teve pouco mais de 200 mil visitantes durante todo o mês de outubro, número muito abaixo do esperado — e este foi o recorde atingido pela plataforma até agora. Em setembro, apenas 120 mil pessoas passaram pelo site. Para efeitos de comparação, o UOL atinge mais de 110 milhões de pessoas mensalmente.

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Na televisão, o SBT Brasília agoniza cada vez mais. Os três telejornais locais da emissora tem audiências dignas de canais nanicos, como a religiosa Rede Vida e a governamental TV Brasil. Neila Medeiros, que comanda um noticiário na hora do almoço, não raramente empata com a emissora de Jair Bolsonaro.

No horário nobre, o Jornal SBT Brasília ameaça cair para a quarta colocação de Ibope, atrás até do Alerta Nacional, da RedeTV!. Nos finais de semana, o Jornal de Sábado consegue a proeza de ter menos audiência que a Record, que exibe no horário um programa da Igreja Universal.

Internamente, Luiz Weber é apontado como um profissional difícil e pouco interessado em entender a realidade dos mercados em que ele passou a ter cargo diretivo. Não são poucos os profissionais que o acusam de querer transformar todos os produtos em versões enfadonhas e sem orçamento da Folha de S.Paulo.

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Nos bastidores, um caso já virou exemplo da intransigência do executivo. Ele transformou Ricardo Chapola, jornalista com passagens por Veja e Quebrando o Tabu, em apresentador de um bloco esportivo no SBT Brasília da noite para o dia, sem motivo algum — ele foi contratado para a cobertura do Judiciário no SBT News.

Além disso, o próprio Weber decidiu tentar a sorte como apresentador durante a cobertura das eleições americanas e acabou virando motivo de piada entre os concorrentes. “Ele não olhava para a câmera, não tinha postura, se perdia lendo”, avaliou um importante executivo de uma grife multinacional de notícias.

O TV História ressalta que o espaço está aberto para posicionamentos de Luiz Weber e do próprio SBT, e atualizará a reportagem caso os envolvidos tenham interesse em se manifestar.

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