Dono da afiliada da Record na Paraíba, o ex-senador Roberto Cavalcanti (foto) deu uma declaração polêmica nesta quinta (14). Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, pertencente ao Sistema Correio de Comunicação, o empresário disse que os jornalistas que noticiam mortes causadas pelo novo coronavírus deveriam ser apedrejados.

“Tem determinadas emissoras que dão placar de quantos morreram no país. Parece que são gols da seleção do Brasil. ‘Hoje, 10 mil gols, batemos o recorde.’ Isso é uma vergonha. Isso é um país que deveria ter vergonha na cara. O jornalista, o radialista que fizesse um negócio desses deveria ser apedrejado na rua”, enfatizou.



Mais tarde, Cavalcanti voltou atrás e pediu desculpas pelo depoimento, mas ainda deixou algumas críticas.

“Na verdade, eu descarrego esse meu silêncio de 62 dias para hoje — talvez me exaltei, peço desculpas. A minha forma de conduzir no dia a dia é da parcimônia, de agregar, de conquistar, mas tem momentos em que você assiste ao assassinato de pessoas, ao assassinato de empresas”, destacou.

“Isso não é possível. Não é possível que o Brasil não se revolte contra isso e deixe de lado o problema de ser de um lado ou de outro da política. Já falei demais, peço perdão mais uma vez”, concluiu.



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