Poços de Caldas e Campos: onde foi gravada a novela Além da Ilusão

Nova novela das seis da Globo, Além da Ilusão é ambientada em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. A trama é dividida em duas fases, entre 1934 e 1944, sendo a primeira em Poços de Caldas, Minas Gerais, e a segunda em Campos.

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Poços de Caldas

A cidade mineira de Poços de Caldas foi palco para as gravações das cenas da primeira fase de Além da Ilusão.

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Com um patrimônio arquitetônico bastante preservado, alguns pontos turísticos da cidade foram utilizados como locações, a exemplo do Palace Hotel, a Thermas Antônio Carlos, a Cascata das Antas, o Mirante e o Parque José Affonso Junqueira.

Rafael Vitti, Larissa Manoela, Olivia Araújo, Malu Galli e Antonio Calloni foram alguns dos atores que estiveram na cidade.

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Foram necessários três caminhões para levar os objetos de arte, figurinos, cenografia, sem contar com o aluguel dos carros de época, que foram uma atração à parte.

Responsável pela cenografia, Cris Bisaglia explica que o desafio desse trabalho é retratar a época em que se passa a trama de uma forma diferente da qual o público está acostumado a ver nas produções.

Para isso, a equipe de cenografia tem ousado bastante no uso das cores, explorando diversos recursos, como papeis de parede coloridos e ricos em detalhes.

Na cidade cenográfica nos Estúdios Globo, além da sede da fazenda e da vila operária, ganha destaque a fábrica de tecelagem que conta com seis máquinas têxteis datadas de 1940, a mesma época em que se passa a novela, todas em pleno funcionamento. Para encontrar esses equipamentos, a cenógrafa fez uma intensa busca.

“Cheguei a ligar para o Museu Têxtil de Portugal para descobrir onde poderia conseguir mais de uma máquina. Liguei para a antiga Tecelagem Saliba, que fechou em 2016, falei com o Museu Têxtil da Bahia, o de Minas Gerais, até que cheguei em um segurança da Saliba, que me passou o contato de uma pessoa que tinha comprado as máquinas de lá e trabalhava com confecção. Viajei para Carmo do Rio Claro, em Minas, e consegui alugá-las. Foi um alívio”, conta Cris.

Outro destaque é a estação de trem da fazenda, que tem o interior de um vagão construído especialmente para a novela.

“Optamos por fazer o vagão um pouco menor do que o real, com 11 metros de largura (o real tem 15 metros) e mantivemos a altura igual. Será o trem que faz a viagem de Campos dos Goytacazes para a fazenda e para o Rio de Janeiro”, explica.

Campos dos Goytacazes

Para a segunda fase da trama, ambientada em Campos dos Goytacazes, a equipe de produção de arte, liderada pelo diretor de arte Moa Batsow, levou em conta uma cidade que já era bastante desenvolvida na década de 1940, mais moderna, colorida e agitada, reunindo alguns estilos como o art noveau e o art décó.

“O público vai ver a cidade de Campos supermoderna, colorida, cheia de elementos, carros, confeitaria, cinema, teatro, cassino, luzes, elementos divertidos, jornaleiro, chapeleiro, táxis, floristas, carroças, lavadeiras”, explica a produtora de arte Eugenia Maakaroun.

Durante o trabalho de pesquisa, Eugenia também concluiu que a arte gráfica poderia ser um diferencial para marcar as décadas de 30 e 40.

“O design dos objetos de cena, desde a forma de escrever até a gramática, é diferente dos dias atuais. Propus ao Luiz (diretor artístico) uma coisa bem divertida e simpática, já que o design está presente em tudo. Antigamente, um rótulo era bem trabalhado, tinha um pensamento, uma criação, as fontes eram diferenciadas. Vamos trazer isso para agregar à nossa arte. Levei a arte gráfica para todos os cenários. O Davi (Rafael Vitti), por exemplo, vai ter um baralho original, feito por nós, e o visual é muito sedutor para os nossos olhos. As artes gráficas também estarão presentes nos rótulos das cachaças, ainda nos anos 30, escritos à mão, no alambique de Giovanna (Roberta Gualda)”, conclui a produtora.

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