Adriana (Thalita Carauta) é uma das mais “gente como a gente” dentre as sete protagonistas de Elas por Elas. Mãe solteira, ela vive para o trabalho e para a criação da filha Ísis (Rayssa Bratillieri), passando por perrengues típicos de inúmeras famílias brasileiras.

Isabel Teixeira e Thalita Carauta em Elas por Elas
Isabel Teixeira e Thalita Carauta em Elas por Elas (Reprodução / Globo)

Mas não se engane. Por trás desta aparência pacata e comum pode se esconder uma assassina. Adriana é a principal suspeita pela morte de Bruno (Luan Argollo), o grande mistério da novela das 18h da Globo.

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Principal suspeita

Mariana Santos como Natália em Elas por Elas
Mariana Santos em Elas por Elas (Divulgação / Globo)

Desde que começou a investigar a morte do irmão, Natália (Mariana Santos) já direcionou suas suspeitas para Carol (Karine Teles) e para Taís (Késia). Por enquanto, ela ainda não demonstrou grandes desconfianças sobre Adriana, que parece acima de qualquer suspeita.

Porém, são vários os indícios que levam a crer que a veterinária é a assassina do irmão gêmeo da amiga. E os motivos que a levaram a fazer isso estão diretamente ligados à origem de Ísis, que ainda é um mistério na novela.

Logo no início da trama, Adriana desabafou com Marlene (Maria Ceiça) e afirmou que Jonas (Mateus Solano) poderia ser o pai de Isis. Ou seja, ela deixou claro que se tratava de uma desconfiança, mas não de uma certeza.

Depois, quando o resultado do exame de DNA apontou que Isis e Giovanni (Filipe Bragança) não são irmãos, Adriana não chegou a achar estranho. Lembrando que ela não sabe que o rapaz não é filho de Jonas. Ou seja, para Adriana, o pai de Ísis pode ser outra pessoa. Porém, ela nunca falou sobre outro namorado que teve, nem nunca disse que traiu Jonas quando eles namoravam.

 

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Abuso sexual

Luan Argollo como Bruno em Elas por Elas
Luan Argollo como Bruno em Elas por Elas (Divulgação / Globo)

Além disso, Adriana nunca deu uma nova chance ao amor depois que perdeu Jonas para Helena (Isabel Teixeira). Tal atitude pode revelar um trauma muito maior que um namoro de juventude que chegou ao fim. Fica a pergunta: se Adriana não tem certeza se Jonas é o pai de Isis, que outra pessoa poderia ser o pai da menina? Com quem ela se envolveu na juventude?

Nos próximos capítulos de Elas por Elas, Taís e Carol vão relembrar o passado e comentar o quanto Bruno era uma pessoa horrível. A modelo vai se lembrar que o irmão de Natália se aproximou dela na festa e tentou beijá-la à força. Taís, então, o empurrou e fugiu.

“Bruno vivia de gracinha. Mas nesse dia extrapolou. Se aquele carro não tivesse aparecido…”, dirá a modelo à amiga cientista, que ficará horrorizada com a revelação.

Ou seja, se Bruno tentou roubar um beijo de Taís, ele pode muito bem ter avançado o sinal junto às outras amigas de Natália. Neste caso, é grande a possibilidade de ele ter estuprado Adriana e Ísis ser fruto desse abuso, o que justificaria a dúvida da veterinária quanto à paternidade da jovem.

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Legítima defesa

Mateus Solano e Thalita Carauta em Elas por Elas
Mateus Solano e Thalita Carauta em Elas por Elas (reprodução/Globo)

Se essa suposição for confirmada, faria total sentido Adriana ser a assassina de Bruno. O rapaz pode ter tentado abusar dela novamente e, para se defender, ela o teria empurrado no penhasco. Ou seja, seria um ato de legítima defesa.

O fato de Bruno ter sido uma pessoa horrível faz com que todos os que estavam naquela festa há 25 anos sejam suspeitos, já que todos tinham seus problemas com o rapaz. Mas, no caso de Adriana, a culpa faria mais sentido, pois explicaria o fato de ela não ter certeza sobre quem seria o pai de Ísis.

Na primeira versão de Elas por Elas, escrita por Cassiano Gabus Mendes em 1982, a verdade sobre a morte do irmão de Natália (Joana Fomm) é revelada apenas no final. Após inúmeras sessões de terapia, ela finalmente se lembra que foi ela mesma quem empurrou o irmão, por acidente. Porém, este desfecho deve ser alterado no remake.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor