Personagem de novela da Globo foi parar em A Praça é Nossa
08/03/2023 às 11h41
Ator, diretor e dramaturgo, Ronaldo Ciambroni surgiu no desfecho de A Viagem (1994) como um comparsa de Ismael (Jonas Bloch). Para resgatá-lo do hospital, o tipo se vestiu como uma idosa italiana e fingiu ser a avó do bandido, enganando a todos.
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Eis que, anos depois, esta mesma simpática senhora ressurgiu em A Praça É Nossa. Chamada de Donana, a velhinha abusava do bordão “eu sou esperta!” e arrancava risos de Carlos Alberto de Nóbrega com suas histórias.
Senhora italiana
Reprodução / GloboDonana, na verdade, já era vivida por Ronaldo Ciambroni bem antes de sua aparição em A Viagem e A Praça É Nossa. A personagem é a protagonista de um espetáculo teatral de mesmo nome, criado pelo dramaturgo na década de 1970.
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A peça traz Ciambroni como uma senhora de 80 anos, pobre e que se alimenta de desejos não realizados. Com bom humor, o espetáculo aborda assuntos importantes, como o preconceito contra as pessoas da terceira idade e os tabus que envolvem a velhice.
O sucesso de Donana se perpetuou ao longo dos últimos 50 anos. Tanto que Ronaldo Ciambroni segue em cartaz com o espetáculo até os dias de hoje.
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Donana na TV
A aparição de Ronaldo Ciambroni como um bandido que se disfarça de Donana em A Viagem foi uma de suas poucas participações na Globo como ator. Dez anos depois, a personagem ressurgiu em A Praça É Nossa.
Sua estreia no humorístico do SBT aconteceu em março de 2004. Donana se tornou um dos personagens mais populares da atração naquele período e frequentou o banco de Carlos Alberto de Nóbrega durante um bom tempo.
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Carreira
Ronaldo Ciambroni começou sua carreira no teatro em 1969, com peças infantis. O artista escreveu mais de 50 textos para os palcos, tornando-se um dos mais populares e premiados dramaturgos do país. Acredite, um Espírito Baixou em Mim, Adeus Fadas e Bruxas, Geração Coca-Cola e Donana são alguns dos seus principais trabalhos.
Na TV, Ciambroni também foi roteirista em inúmeros programas, como Vila Sésamo (Globo/Cultura), Clube da Criança (Manchete), A Justiça dos Homens (SBT) e Meu Cunhado (SBT), entre outros.
O autor também assinou algumas novelas. Ele foi o responsável pela adaptação do texto de Antonio Alves, Taxista (1996), do SBT, trama baseada num folhetim argentino escrito por Alberto Migré. Ele também é o autor de Irmã Catarina (CNT, 1996) e Canoa do Bagre (Record, 1997).
Na Record, Ciambroni foi o responsável por alguns textos da faixa Série Verdade, que exibia minisséries de cunho religioso inspiradas em depoimentos de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele assinou tramas como A Filha do Demônio (1997) e Olho da Terra (1997).