Personagem de Laços de Família foi criada para mostrar que nem tudo termina bem

03/03/2021 às 17h02

Por: Thell de Castro
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Todo mundo que acompanhou Laços de Família sabe que Camila (Carolina Dieckmann) se cura da leucemia no final da trama. Dessa forma, o autor criou outra personagem para mostrar que, infelizmente, nem tudo termina bem.

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Marcela (Paula Tolentino), que fica amiga da garota e de Helena (Vera Fischer), também tem leucemia, mas não resiste.

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“Camila sobreviverá, mas Marcela morrerá. É uma forma de ajudar na campanha de doação de medula e mostrar a dura realidade da doença”, explicou Manoel Carlos ao jornal O Globo de 21 janeiro de 2001.

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O primeiro encontro entre as duas ocorreu no capítulo 179 da exibição original da novela. Alguns episódios depois, já com o cabelo raspado, Camila vai ao quarto de Marcela, que está deprimida com a queda das madeixas.

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No capítulo seguinte, Camila deixa os cabelos de Marcela bem curtinhos e a conforta. Ela também pede que Edu converse com o namorado da nova amiga.

Já na reta final da trama, após diversos encontros com Camila e sua família, Marcela manda uma foto e um desenho para a amiga, antes de piorar e ir para a UTI.

No capítulo 207, Dr. César, consternado, comunica à família que infelizmente Marcela acabou não resistindo e morreu.

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Merchandising social

Na exibição original da novela, entre 2000 e 2001, a trama de Maneco conseguiu uma proeza ao conscientizar a população e fazer disparar o número de doadores de medula óssea.

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“Até os médicos estão espantados: a cada dia, aumenta o número de pessoas interessadas em se tornar doadoras de medula óssea. De novembro, quando a leucemia começou a ser abordada pela novela, até a segunda semana de janeiro, a média de cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) saltou de cinco por semana (20 por mês) para 225 por semana (900 por mês) – um crescimento de 4.400%”, informou a matéria do jornal O Globo.

Outro indicativo foi o Disque-Saúde, do Ministério da Saúde, serviço que tirava dúvidas do público sobre doenças. “O número de consultas passou de 67 em novembro para 458 só nas três primeiras semanas do ano”, enumerou a reportagem, que ainda trouxe outros dados interessantes.

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