Personagem com Aids mudou a vida de atriz de Mar do Sertão

Reprodução / Globo

Reprodução / Globo

A atriz Adriana Londoño surgiu nos mais recentes capítulos de Mar do Sertão como Kadija, uma das esposas do Sheik Omar (Gilrray Coutinho). Ela é a mãe de Maruan (Pedro Lamin) e chegou para abençoar a união do filho com Labibe (Theresa Fonseca, foto abaixo).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reprodução / Globo

Atriz experiente, Adriana Londoño estreou na TV com um papel marcante em Zazá (1997). Aos 26 anos, ela viveu Jaqueline, mulher que foi infectada pelo HIV depois de receber uma transfusão de sangue.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ela estava fora da Globo desde 2006, quando foi para a Record para viver a personagem Carmem na trama Cidadão Brasileiro. De lá para cá, a atriz esteve em cinco novelas na emissora de Edir Macedo, além de duas participações em séries, até retornar à emissora carioca para atuar em Mar do Sertão.

Campanha na TV

Zazá, escrita por Lauro César Muniz para a faixa das 19 horas da Globo, abordou o drama das pessoas infectadas pelo vírus HIV. A novela levou ao público não apenas a luta contra o vírus, mas também o preconceito de muitos sobre o tema.

“Estou muito feliz com o convite. Principalmente porque a Aids vai ser abordada de forma positiva e não como um drama. A Jaqueline descobrirá que foi infectada pelo vírus numa transfusão de sangue que fez depois de sofrer um acidente de carro. Mas, em momento algum, ela ficará doente em decorrência do HIV”, contou a atriz, em entrevista ao jornal O Globo.

A personagem de Adriana se apaixonava por Solano (Alexandre Borges), filho de Zazá (Fernanda Montenegro), mas, logo após o casal oficializar o noivado, ela descobria que estava contaminada.

“Os dois vão encarar o problema de uma forma muito madura. Mesmo depois de saber que ela está contaminada, eles insistem em se casar. O Solano é um político e, apesar de ser uma pessoa pública, não esconderá a doença e o casamento acaba saindo”, complementou Londoño.

Delicadeza

Lauro César Muniz, por sua vez, buscava tratar o tema de forma delicada e direta.

“Quero ver a personagem no ar e sentir como será a sua relação com o Solano. Se a opção for pela abordagem do tema, vou tratá-lo com delicadeza, sem morbidez e cenas pesadas. Pretendo integrar a personagem de forma natural, pois isso evita o preconceito”, esclareceu Lauro César ao O Globo.

A esperança na voz de Sandra Bréa

Reprodução

O final da novela levou ao público uma mensagem de esperança. Jaqueline lançou um livro contando sua história com a Aids. O evento sobre a publicação inclui uma participação especial que marcou o último capítulo: Sandra Bréa (foto acima), atriz de grande sucesso nos anos 1970 e 1980, portadora do vírus HIV, fez um discurso emocionado.

“Toda pessoa que já teve ou tem um contato próximo com a morte aprende a dar valor às pequenas coisas. O mais importante, depois da Aids, é que meu nome não era apenas Sandra, era Sandra Amor. E meu amor é a minha briga. Eu convoco a todos por essa briga, a briga contra o preconceito”, declarou a atriz, que nos deixou em maio de 2000.

Adriana Londoño esteve presente em outras produções na telinha, como Serras Azuis (1998), Sandy & Junior (2000), Seus Olhos (2004), A Lua Me Disse (2005), Cidadão Brasileiro (2006), Poder Paralelo (2009), Escrava Mãe (2016) e Apocalipse (2017). Mar do Sertão marca seu retorno à TV.

Sair da versão mobile