Em Fuzuê, Romulo Arantes Neto vive Julião, comparsa de César (Leopoldo Pacheco) que se aproxima de Luna (Giovana Cordeiro) com intenções não muito amistosas. A trama das sete é mais uma dentre tantas novelas que o ator tem no currículo.
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Na TV, o rapaz seguiu os passos do pai, o ator Romulo Arantes, que foi um grande galã da Globo nos anos 1980. O artista faleceu precocemente, aos 42 anos, em razão de um acidente de ultraleve.
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Filho de peixe
Romulo Arantes Neto começou sua carreira na TV interpretando André, galã de Malhação 2007. Ali, ele começava uma bem-sucedida carreira como ator em novelas, engatando em seguida vários trabalhos em produções como Caminhos do Coração (2008), Sangue Bom (2013), Império (2015) e tantas outras.
Assim, ele seguiu os passos do pai, Romulo Arantes, que foi um grande galã de novelas dos anos 1980. O profissional era nadador e chegou a participar dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972; Canadá, em 1976; e Rússia, em 1980.
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Sua estreia na TV aconteceu justamente por causa de sua experiência em piscinas. Ele foi convidado para encarnar o nadador Osmar na novela Brilhante (1981), escrita por Gilberto Braga.
“Em Indiana, nos Estados Unidos, onde morei durante nove anos, fiz um curso de teatro. Sou uma pessoa tímida demais, mas consegui me desinibir em cena. Agora, realmente não esperava começar minha carreira artística pela novela das oito! Não é tão difícil (interpretar), porque o Osmar, na realidade, é o que eu sou: um atleta da natação. É como se eu estivesse interpretando a mim mesmo”, comentou em matéria do jornal O Globo.
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Ascensão abreviada
O sucesso de Osmar em Brilhante rendeu outros convites para Romulo Arantes na TV. Ele atuou na sequência nas novelas O Homem Proibido (1982), Direito de Amar (1987) e Sassaricando (1987), além de ter emplacado participações em Caso Verdade (1982), Paraíso (1982), Vereda Tropical (1984) e A Gata Comeu (1985).
Nos anos 1990, vieram mais trabalhos de sucesso. Romulo Arantes brilhou como o vilão Levi na primeira versão de Pantanal (1990). Em seguida, atuou também em Riacho Doce (1990), Perigosas Peruas (1992), Sex Appeal (1993), Quatro por Quatro (1994), Vira Lata (1996), Xica da Silva (1996) e Canoa do Bagre (1997).
Mas, em 2000, um terrível acidente abreviou a carreira de Romulo Arantes. No dia 10 de junho, dois dias antes de seu aniversário de 43 anos, o ator pilotava um ultraleve próximo à cidade de Maripá de Minas (MG). O avião sofreu uma pane e caiu na pista de pouso, ocasionando sua morte e também do copiloto Fábio Amorim Ruivo.
Seguindo os passos do pai
Romulo Arantes Neto estreou nas novelas sete anos após a morte de seu pai. A semelhança física entre os dois sempre chamou a atenção do público e o ator encara com carinho as comparações. Mas a perda do pai foi um baque sem tamanho para o artista, que tinha 13 anos na época.
“Foi muito difícil porque você, com 13 anos, sentir uma sensação absurda, que está sozinho no mundo: ‘a segurança que eu tinha com ele vivo agora não tenho mais’. Meu pai era um suporte muito grande, um porto seguro, a pessoa que você ama e te dá limites, você confia”, explicou ele, numa entrevista ao podcast Papagaio Falante.
“Fora o amor de pai e filho, havia uma conexão muito grande, um laço que vem do esporte. A gente era muito parecido. Ou melhor, a gente é muito parecido. A relação que a gente tinha era muito forte”, continuou.
“O acidente aconteceu a 150 metros da casa. Pode ser que seja uma imagem que eu não quero guardar para a vida inteira. Mas, ao mesmo tempo, é uma merda. Até hoje eu sonho com ele”, finalizou o galã de Fuzuê.