O caso de uma evangélica desempregada que queimou uma Tele Sena premiada chamou a atenção da mídia em 1994.

Em 2 de dezembro daquele ano, a mídia divulgou que seguindo um conselho de seu pastor da igreja Assembleia de Deus, a empregada doméstica Maria Benoíza Nascimento, então com 39 anos, botou fogo na cartela.

O prêmio valia R$ 50 mil – de acordo com uma calculadora disponível no site do Banco Central, hoje seria algo equivalente a R$ 500 mil.

Inferno

Maria estava desempregada e precisando muito da quantia. No entanto, segundo ela, o pastor que disse que fosse receber o prêmio, anunciado no dia 15 de novembro no Programa Silvio Santos, o avião cairia e ela “ia afundar no pecado dentro do inferno”.

Em entrevista ao Jornal do Brasil, a doméstica disse que as irmãs gritavam em coro “queima, queima” depois da pregação do pastor, que recomendou a ela destruir o bilhete, que seria “coisa do diabo”.

“Segundo ela, o episódio a deixou com a “cabeça atribulada e confusa”. Ao chegar em casa, queimou o bilhete junto com o registro de nascimento dos filhos e sua carteira de identidade”, informou o JB.

Levou surra

O marido de Maria, Raimundo Nonato, também desempregado, se desesperou ao saber do ocorrido. Deu uma surra na mulher, arrumou a mala para ir embora de casa e mandou que ela desse um jeito de “recuperar o prejuízo”.

“Aflita, ela disse que a sua última esperança agora é que a direção da Tele Sena possa validar o prêmio com base no impresso com nome e endereço do apostador enviado à empresa pelo correio”, explicou a reportagem.

Para completar, Maria Benoíza disse que três dos seus filhos estavam com pneumonia e que a família são não ficou sem comer naqueles dias porque os vizinhos ajudaram com alimentos. Dessa forma, não restam dúvidas de que o dinheiro da Tele Sena viria no momento mais apropriado.

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