Parceiro confessa que Jô Soares se entregou após levar chute da Globo

Jô Soares

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Em 2022, a morte de Jô Soares deixou o país e o mundo das artes de luto. Um dos maiores nomes da TV se foi aos 84 anos de causas naturais.

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Um de seus grandes amigos na televisão, Nilton Travesso, revelou que o apresentador sentiu muito o fim de seu programa na Globo após 16 anos no ar.

Ao longo de 2016 a imprensa veiculava que o Programa do Jô estava com os dias contados. A atração perdia constantemente para o The Noite, do SBT, e problemas de saúde que o apresentador passava pesaram na decisão da Globo em encerrar o talk show.

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“Não vou aceitar jamais andar para trás”

Divulgação / Globo

A emissora não queria perder Jô, cujo programa foi substituído pelo Conversa com Bial (foto acima), e ofereceu uma coluna semanal no Jornal da Globo, o que ele já tinha feito nos anos 1980. Soares declinou o convite.

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“Não vou aceitar jamais andar para trás. Eu fiz o Jornal da Globo há milênios [nos anos 1980]. Eu não tenho o menor interesse em fazer, não preciso fazer, não quero e não vou [fazer]. Provavelmente, é uma proposta que vão me fazer e eu vou dizer não, obrigado. Se eu fizer o Jornal da Globo, daqui a pouco vou ter que fazer o Família Trapo”, falou ao Notícias da TV em 7 de setembro de 2016.

Após 28 anos de talk show, contando com os 11 anos de SBT, Jô Soares disse adeus a televisão. Nesse período fora, ele comentou a Copa do Mundo de 2018 pelo Fox Sports, escreveu a sua autobiografia e cuidou de peças de teatros.

“Tristeza interior”

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Após a morte do apresentador, Nilton Travesso (foto acima), diretor de TV consagrado e amigo de Jô, disse que o fim de seu programa o abalou.

“Acho que o coração dele ficou muito triste quando ele foi afastado da televisão. Acho que tudo isso provocou um pouco de tristeza no interior dele”, disse ao Morning Show, da Jovem Pan, em agosto de 2022.

“Tenho certeza que quando ele foi afastado da televisão, ali começou uma nova etapa da vida do Jô. Não acho que tenha sido leal tudo o que aconteceu com ele. Merecia muito mais do que aconteceu nos últimos anos. É uma tristeza, mas acho mesmo que o afastamento dele da televisão deu um certo desânimo, mas ele continuou vivo, fazendo seu teatro, escrevendo, dirigindo, botando grandes personagens no palco e fez isso com uma nobreza inacreditável”, continuou.

Amigos para sempre

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Nilton e Jô trabalharam juntos na Record dos anos 1960, quando ele dirigiu a Família Trapo. Depois disso, eles construíram uma amizade que durou décadas .

“Tenho certeza, Jô, que logo, logo vamos nos encontrar na eternidade e vamos rememorar todas as nossas molequices da madrugada. Como vou sentir saudades de você, Gordo”.

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