O remake de Pantanal ganhou data de estreia na Globo: 28 de março. Aguardada com muita expectativa, a novela marcará a volta da emissora ao universo rural, que já rendeu diversos sucessos, mas também alguns fracassos.
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Confira exemplos na lista abaixo:
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Novelas rurais que bombaram
Irmãos Coragem (1970)
Escrita por Janete Clair, a história, que mesclava faroeste, garimpo e futebol, foi a primeira que conquistou o público masculino.
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A trama, protagonizada por Tarcísio Meira, Glória Menezes, Regina Duarte, Cláudio Cavalcanti e Cláudio Marzo, bateu recordes de audiência, obtendo maior Ibope que a final da Copa do Mundo do mesmo ano, e teve uma das maiores durações da história das novelas da emissora.
Roque Santeiro
Escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, a história protagonizada por Regina Duarte, Lima Duarte e José Wilker bateu recordes de audiência e marcou a carreira dos intérpretes e ficou na memória do público.
O sucesso do casal Sinhozinho Malta e Viúva Porcina foi tanto que o desfecho acabou alterado com um final feliz para o carismático par – ela iria embora com Roque de avião. Um clássico.
Pedra sobre Pedra
Aguinaldo Silva usou com maestria o realismo fantástico através de personagens muito bem construídos. Embora tenha sido protagonizada pelos grandiosos Lima Duarte e Renata Sorrah, os tipos mais emblemáticos foram os secundários, como o inesquecível Jorge Tadeu (Fábio Jr.), o fotógrafo que transformava um arbusto em uma árvore frondosa cada vez que urinava na planta.
Era cobiçado por todas as mulheres da cidade e continuou vivo mesmo após a sua morte (a mulher que comia a flor surgida na árvore conseguia trazê-lo de volta).
Outros tipos marcaram, como o Cândido Alegria (Armando Bógus), Gioconda (Eloísa Mafalda), Eva Wilma (Hilda), entre outros.
Renascer
Após deixar a Globo para brilhar na Manchete com Pantanal, Benedito Ruy Barbosa foi resgatado pela emissora e colocou Renascer no ar em 1993. Foi uma verdadeira superprodução, com uma primeira semana inesquecível e muitos conflitos na segunda fase.
A trama foi fechada com a morte de José Inocêncio (Antônio Fagundes), após se reconciliar com o filho rejeitado, João Pedro (Marcos Palmeira).
Teve excelente audiência e arrebatou todos os prêmios de televisão daquele ano.
O Rei do Gado
Uma das novelas mais aclamadas de Benedito Ruy Barbosa. A rivalidade entre a família Mezenga e os Berdinazzi arrebatou o público e a trama foi um sucesso.
A história é lenta e se arrasta, mas é uma característica do autor, ainda mais na época, quando a agilidade na teledramaturgia não era cobrada. Antônio Fagundes e Raul Cortez deram um banho como Bruno Mezenga e Jeremias Berdinazzi.
O elenco ainda tinha outros grandes nomes, como Walderez de Barros, Bete Mendes, Chica Xavier, Stênio Garcia, entre tantos mais.
Novelas rurais que fracassaram
Velho Chico
Programada inicialmente para a faixa das seis, Velho Chico foi levada para o principal horário da emissora, em 2016, para tentar levantar a audiência, após alguns fracassos. Mas não conseguiu.
Marcada pelas perdas de Umberto Magnani e Domingos Montagner ao longo das gravações, a produção ficou longe da meta de 35 pontos e terminou de forma melancólica após a tragédia envolvendo um dos principais personagens.
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Araguaia
Novela de Walther Negrão, Araguaia ocupou a faixa das seis entre setembro de 2010 e abril de 2011. Remetendo a Pantanal e com elementos de Cavalo de Aço e Ovelha Negra, outras duas produções escritas pelo autor, a trama não caiu no gosto do público e ficou bem abaixo da meta de audiência da Globo, obtendo apenas 22,87 pontos.
A sucessora, Cordel Encantado, levantou o Ibope do horário.
Terras do Sem Fim
Após a dramática Ciranda de Pedra, a Globo colocou no ar, entre novembro de 1981 e fevereiro de 1982, Terras do Sem Fim, de Walter George Durst, baseada em três romances de Jorge Amado.
Depois do sucesso da adaptação de Gabriela, dessa vez o efeito não foi o mesmo. Com baixa audiência, a trama foi encurtada em dois meses, terminando com apenas 90 capítulos.
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Irmãos Coragem (1995)
Para comemorar seus 30 anos, a Globo investiu no remake de um dos maiores sucessos de sua história: Irmãos Coragem. No entanto, o resultado na audiência ficou longe do esperado pela emissora.
Inadequada para a faixa das seis, a produção ainda viu desentendimentos entre o autor Dias Gomes, que atualizou a trama da esposa, Janete Clair, e o diretor Luiz Fernando Carvalho, que acabou passando o bastão para Reynaldo Boury, entre outros problemas de bastidores.
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Fogo sobre Terra
Entre maio de 1974 e janeiro de 1975, Janete Clair voltava ao universo rural após o sucesso de Irmãos Coragem. No caso de Fogo Sobre Terra, o problema não foi propriamente a audiência, já que a Globo dominava o ranking naquela época. Mas a produção teve muitas críticas por conta do excesso de fantasia e por coincidências absurdas na trama.
Além disso, foram registrados inúmeros conflitos com a Censura, que retalhou a história. “Fizemos três novelas em uma só: uma que foi escrita, outra que foi realizada e uma terceira que foi ao ar”, retratou um dos diretores.