Confira a análise da primeira semana de O Salvador da Pátria, novela produzida em 1989 pela Rede Globo e que está sendo exibida pelo canal Viva:
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• A primeira semana de O Salvador da Pátria foi direto ao ponto: foco total em Sassá Mutema (Lima Duarte), na paixão dele por Clotilde (Maitê Proença) e no casamento armado com Marlene (Tássia Camargo), em plano do deputado Severo Blanco (Francisco Cuoco), todos muito bem em seus papeis.
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• Muito boa também a participação especial de Paulo César Pereio, que viveu Sebastião, pai de Marlene. Sem qualquer escrúpulo, Severo e o público perceberam quais eram seus objetivos, mas ele não foi direto ao ponto. Dessa forma, conseguiu um belo acordo financeiro. Quem também passou rapidamente pela novela foi Tarcísio Filho, como candidato a marido de Marlene. Ele vinha de Bebê a Bordo e, em seguida, saiu da Globo, indo fazer Kananga do Japão e outras novelas na Manchete.
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• Muita gente reparou que o Viva pulou do capítulo 1, na segunda, para o capítulo 3, na terça, isso porque a novela ainda mostrava a numeração dos episódios após a abertura. Não foi culpa da emissora e nem deixou de ser mostrado nada: o fato é que a Globo editava freneticamente o início das tramas nessa época – o mesmo ocorreu com Vale Tudo. Dessa forma, os dois primeiros capítulos foram unidos em um só – basta verificar os resumos originais que publicamos no site.
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• Não sei se foi de propósito, mas uma das fazendas da novela, a de Quinzote (Mário Lago) se chama Matão. Esse é justamente o nome de uma das cidades que mais produzem laranjas no mundo, sendo sede da Citrosuco. Vale lembrar que Ouro Verde e Tangará, cidades fictícias da trama, ficam no interior de São Paulo. As cenas rurais, no entanto, foram gravadas pela Globo em Vassouras (RJ).
• Alguns personagens tiveram pouco destaque na primeira semana. Foram os casos de Sérgio (Maurício Mattar) e sua esposa, Silvia (Alexandra Marzo). Em compensação, no quarto capítulo, Bárbara (Lúcia Veríssimo) chegou do nada e já conquistou o coração de Severo.
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• Como já foi dito pelo autor Lauro César Muniz em muitas entrevistas, o enredo da novela seria voltado mais para a política, o que foi visto na primeira semana. Pouco se falou sobre tráfico de drogas, mostrado apenas nas negociações de Juca Pirama (Luis Gustavo) e Zen (Ivan Cândido), que acabam levando João (José Wilker) injustamente à prisão. Como se sabe, depois que foi alegado que a trama influenciaria nas eleições diretas para presidente em 1989, a questão da organização criminosa praticamente domina a narrativa.
• É impressionante a ingenuidade de João, que confiava cegamente no irmão. Quem traz aparelhos eletrônicos para uma rádio de La Paz? E outra: por que isso renderia dois mil dólares para ele?
• Em 1989, O Salvador da Pátria começou muito bem no Ibope. Em 9 de janeiro, dia do primeiro capítulo, conseguiu 79 pontos em São Paulo e 69 pontos no Rio. A média foi superior à da reprise do último capítulo de Vale Tudo, respectivamente com 53 e 65 pontos.
• A exibição no Viva também começou com o pé direito: o canal manteve a liderança da TV paga nos dois horários e alcançou mais de 1 milhão de pessoas. Foi a segunda melhor estreia da faixa das 14h30, perdendo apenas para Torre de Babel.