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Exibida entre maio de 1988 e janeiro de 1989, a novela, que inicialmente teria outro nome, poderia ser exibida com uma trama bastante diferente daquela que todos conhecem, com temas como tráfico de armas, suicídio e assassinato envolvendo os principais personagens.
Diversas versões
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“Escolher o tema de uma novela é difícil, pois quase tudo já foi focalizado. Então, optamos pela corrupção, de que tanto ouvimos falar hoje em dia”, justificou.
Mesmo depois da trama central definida, alguns fatos foram alterados. De acordo com reportagens da época, Raquel (Regina Duarte) venderia bronzeador na praia e, posteriormente, doces, ao invés de sanduíches; ao contrário da companhia aérea TCA e outras empresas desse setor, o grupo de Odete Roitman (Beatriz Segall) venderia armas ilegalmente para ditadores como Muamar Kadafi, da Líbia.
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Odete Roitman traficante
Ao invés de ajudar Raquel após ela ser assaltada por pivetes no início da novela, Ivan (Antônio Fagundes) conheceria sua futura amada na revista (não jornal) que seu pai (Cláudio Corrêa e Castro) trabalhava, após um desmaio da guia turística que foi para o Rio de Janeiro atrás da filha.
Já Rubinho (Daniel Filho) levaria o dinheiro ilegal de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) para Genebra, na Suíça, ao invés de Nova York, nos Estados Unidos.
Agora prepare-se para conhecer as duas histórias mais chocantes que não se concretizaram: de acordo com o jornal O Globo de 27 de abril de 1988, Heleninha (Renata Sorrah), descobriria o caso de Raquel com Ivan durante a trama e tiraria a própria vida.
Fátima assassina
Separada de Afonso, Maria de Fátima seduziria Marco Aurélio, reuniria provas contra ele e o mataria depois de uma discussão. Raquel assumiria o crime para salvar a filha da cadeia e o único que acredita em sua inocência seria Ivan, que consegue salvá-la no final.
“No cinema, Joan Crawford interpretava uma mulher separada do marido, pobre, que vende doces para sobreviver e satisfazer os desejos da filha mimada. Vende tantos doces que acaba rica, proprietária de uma cadeia de restaurantes”, destacou o JB. “No caso, só será mera coincidência a semelhança com pessoas ou fatos da vida real”, completou o texto.
Nomes trocados
Inicialmente, os nomes dos personagens também seriam diferentes. Reportagens de março de 1988 indicavam que a protagonista vivida por Regina Duarte se chamaria Helena, enquanto sua filha, eternizada como Maria de Fátima, seria Laís. Rubinho, papel de Daniel Filho, seria Gérson; a Tia Celina de Nathalia Timberg deveria ser originalmente Aurélia; e Marco Aurélio seria Olivério.
Em abril de 1988, praticamente todo o elenco da novela já estava definido e foi feita a primeira reunião com os artistas. Antônio Fagundes voltava ao vídeo depois de três anos se dedicando ao teatro – sua última trama havia sido Corpo a Corpo, também de Gilberto Braga. Já Carlos Alberto Riccelli não atuava na televisão há quatro anos.
Outros nomes, como Flávia Monteiro, foram escolhidos após se destacaram no teatro e no cinema.
Elenco indefinido
Um mês antes da estreia da novela, dois importantes de Vale Tudo ainda não estavam definidos.
Matéria de 3 de abril publicada em O Globo informava que o diretor Dennis Carvalho queria Daniel Filho para o papel de Gérson (Rubinho), e Beatriz Segall para viver Odete Roitman. As duas especulações foram confirmadas dias depois.