O triste fim de 10 personagens que novela da Globo não mostrou

04/02/2023 às 11h20

Por: Bianca Montagnana
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Há um ano, em 4 de fevereiro de 2022, a Globo exibia o último capítulo de Nos Tempos do Imperador. A trama misturava personagens ficcionais e históricos, como a princesa Leopoldina (Bruna Griphao, na foto abaixo), herdeira de Dom Pedro II (Selton Mello). Saiba o que realmente aconteceu com 10 personagens históricos que foram retratados na trama de Thereza Falcão e Alessandro Marson.

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Bruna Griphao

Confira na lista:

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Dom Pedro II (Selton Mello)

Após a Proclamação da República, em 15 de julho de 1889, ele e os demais integrantes da Família Real foram mandados para o exílio na Europa, partindo em 17 de novembro daquele ano. Fixou-se em Paris, na França, e viveu seus últimos dois anos de forma solitária e melancólica, em hotéis modestos e com poucos recursos.

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Certo dia, quis fazer um passeio pelo rio Sena em carruagem aberta, ignorando a temperatura extremamente baixa. Ficou resfriado e teve sua saúde rapidamente deteriorada, morrendo em 5 de dezembro de 1891.

Teve um funeral digno de chefe de Estado e foi enterrado no Panteão dos Braganças, em Lisboa. Seus restos mortais foram trazidos para o Brasil em 1921.

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Imperatriz Teresa Cristina (Letícia Sabatella)

Sua tranquila rotina doméstica terminou de forma repentina quando uma facção do exército se rebelou e depôs Pedro em 15 de novembro de 1889, mandando que toda a Família Imperial deixasse o Brasil. A Imperatriz amava o País e seu povo e sentiu muito a partida.

Ela já sofria de asma cardíaca e artrite e, em 28 de dezembro de 1889, após terem recebido uma carta dizendo que haviam sido banidos para sempre do Brasil, sua respiração ficou cada vez mais pesada ao longo do dia. Uma falha no seu sistema respiratório levou a uma parada cardiorrespiratória naquele mesmo dia.

Em seu leito de morte, Teresa Cristina chegou a dizer que não morria da doença, mas sim do desgosto e da dor de não poder retornar às terras brasileiras.

Princesa Isabel (Giulia Gayoso)

Segunda filha de Dom Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, recebeu o título de Princesa Imperial e tornou-se herdeira do pai após a morte de seus dois irmãos homens. Casou-se com Gastão em 15 de outubro de 1864, no Rio de Janeiro.

Na madrugada de 17 de novembro de 1889, a família embarcou no navio em Alagoas com destino a Portugal, tendo chegado em Lisboa em 7 de dezembro. Isabel e Gastão acabaram se mudando no ano seguinte para uma vila particular em Cannes, na França. Em setembro do mesmo ano, eles foram para uma vila perto de Versalhes e seus filhos entraram em escolas parisienses.

Em 1921, a saúde da Princesa começou a se deteriorar e ela mal conseguia andar. Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade, em 14 de novembro de 1921, sendo inicialmente enterrada na tumba da Casa d’Orleães em Dreux, França.

Princesa Leopoldina (Bruna Griphao)

Segunda filha de Dom Pedro II e Teresa Cristina, Leopoldina casou-se em 15 de dezembro de 1864, com o Duque de Saxe. A partir de então, a princesa passou a viver entre o Brasil e a Europa, sempre retornando à terra natal para o nascimento de seus filhos, até que, quando descobriu-se grávida do quarto filho, ela e o marido decidiram que não voltariam ao Brasil.

No início de 1871, dona Leopoldina apresentou os primeiros sintomas de febre tifoide, vindo a óbito na tarde de 7 de fevereiro de 1871, com apenas 23 anos de idade.

Conde D’Eu (Daniel Torres)

Marido da Princesa Isabel, Conde d’Eu era neto do rei Luís Filipe I de França, tendo renunciado aos seus direitos à linha de sucessão ao trono francês em 1864, quando casou-se. Em 1889, quando a República foi proclamada e a Família Imperial brasileira se retirou em exílio para Portugal, o Conde d’Eu permaneceu com D. Isabel e seus filhos na Europa.

Retornou ao Brasil em 1921 para repatriar os restos dos imperadores, que atualmente se encontram no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis. O Conde d’Eu morreu em 1922, de causas naturais, a bordo do navio Massilia, que mais uma vez o trazia ao Brasil, para a celebração do primeiro centenário da independência do país.

Atualmente, ele e a esposa também estão sepultados no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.

Augusto, o Duque de Saxe-Coburgo (Gil Coelho)

Augusto casou-se com a princesa Leopoldina, irmã mais nova de Isabel, em 15 de dezembro de 1864. Após a morte da esposa, em 1871, decidiu instalar-se definitivamente na Áustria, onde dedicou a maior parte de seu tempo à caça, sua grande paixão.

Seus últimos anos foram marcados pela morte de um de seus filhos mais novos, pela queda da monarquia constitucional no Brasil e pela loucura de seu filho mais velho, internado em 1891. Bastante abalado pela perda de sua mãe, a princesa Clementina de Orléans, Augusto morreu poucos meses depois dela, em 14 de setembro de 1907.

Seu coração foi embalsamado e depositado em uma urna de ouro de Minas Gerais, enquanto seu corpo foi vestido com a farda de almirante da Marinha do Brasil e enterrado ao lado de sua esposa, na cripta da St. Augustinkirche, em Coburgo.

Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes)

Luísa era filha única e, desde cedo, passou a viver com a família entre a França e o Brasil. Segundo a maioria dos historiadores contemporâneos, a condessa tornou-se amiga íntima de D. Pedro II e sua amante. No entanto, as poucas correspondências remanescentes entre eles levam à dúvida se o relacionamento de ambos não foi puramente platônico.

A Condessa de Barral viria a falecer poucos meses antes do Imperador, em 1891.

Duque de Caxias (Jackson Antunes)

Duque de Caxias seguiu carreira militar e comandou a supressão de diversas revoltas importantes da época, como a Balaiada, as Revoltas Liberais e a Revolução Farroupilha. Caxias estava envelhecendo e também doente e exausto na época em que chegou a Assunção, quando as forças brasileiras tomaram a capital paraguaia.

Em fevereiro de 1869, Caxias chegou, sem avisar, na sua casa no Rio de Janeiro. Ele ficou confinado em uma cadeira de rodas, enquanto sua saúde piorava cada vez mais, vivendo seus últimos dias na Fazenda Santa Mônica, perto da cidade de Valença, interior da província do Rio de Janeiro.

Morreu no dia 7 de maio de 1880, cercado por familiares. Seu corpo foi enterrado junto com o de sua esposa no Cemitério de São Francisco de Paula, no Rio.

Barão de Mauá (Charles Fricks)

Irineu Evangelista de Sousa foi merecedor, por contribuição à industrialização do Brasil no período do Império (1822-1889), dos títulos nobiliárquicos primeiro de Barão (1854) e depois de Visconde de Mauá (1874). De ideias políticas de caráter liberal e defensor do abolicionismo, a combinação das suas ideias, juntamente com o agravamento da instabilidade política da região platina, tornou-o alvo das intrigas dos conservadores.

Sua decadência começou em 1875, com a falência do Banco Mauá, quando pediu moratória por três anos, sendo obrigado a vender a maioria de suas empresas a capitalistas estrangeiros e ainda os seus bens pessoais para liquidar as dívidas. Doente, minado pelo diabetes, após liquidar as suas dívidas, encerrou um capítulo da sua vida empresarial.

Com o pouco que lhe restou e o auxílio de familiares, dedicou-se à corretagem de café até a morte, aos 76 anos de idade, em sua residência na cidade de Petrópolis. Seu corpo foi sepultado no mausoléu de sua família, no Cemitério de São Francisco de Paula, no bairro do Catumbi.

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José de Alencar (Alcemar Vieira)

Nascido de uma relação ilegítima e considerada escandalosa à época, visto que seu pai era sacerdote da igreja Católica, foi um notável escritor, além de ter seguido também carreira política. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso.

Faleceu no Rio de Janeiro em dezembro do mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Seu corpo foi primeiramente sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, depois foi transferido para o Cemitério de São João Batista, na mesma cidade.

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