NEM PENSAR

Nunca mais: três novelas que fizeram algo que hoje é proibido pela Globo

Carolina Dieckmann em Tropicaliente

Carolina Dieckmann em Tropicaliente

Quando não tinha tanta concorrência como nos dias de hoje, que precisa lutar contra plataformas de streaming e redes sociais, a Globo não se preocupava tanto com as datas de estreia e término de suas novelas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em algo que seria impensável atualmente, a emissora chegou a encerrar algumas produções nos últimos dias do ano.

Confira quatro exemplos abaixo:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tropicaliente

O último capítulo de Tropicaliente foi exibido num improvável 30 de dezembro de 1994, quando muita gente já está com a cabeça na virada do ano.

Escrita por Walther Negrão, a trama era estrelada por Silvia Pfeifer, Carolina Dieckmann, Herson Capri e Selton Mello.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

A novela foi substituída pelo remake de Irmãos Coragem, que entrou no ar em 2 de janeiro de 1995 para comemorar os 30 anos da emissora, mas se tornou um fiasco retumbante.

Saramandaia

Juca de Oliveira e Sonia Braga em Saramandaia

Dezoito anos antes de Tropicaliente, a Globo exibiu o final de uma novela que se tornou um clássico do gênero em pleno dia 31 de dezembro de 1976, na faixa das 22 horas.

Estamos falando de Saramandaia, trama de realismo fantástico de Dias Gomes, que contava com tipos até hoje famosos, como Dona Redonda (Wilza Carla), que explodiu de tanto comer, e João Gibão (Juca de Oliveira), que tinha asas e voou no encerramento da trama.

A substituta de Saramandaia foi uma reprise de O Bem-Amado (1973), já que Despedida de Casado foi proibida pela censura do governo da época.

Vale Tudo

Beatriz Segall em Vale Tudo

Um dos maiores sucessos da história da Globo não terminou exatamente no final do ano, mas nos primeiros dias de 1989.

A trama de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères foi exibida até 6 de janeiro daquele ano.

No entanto, o público trocou o Papai Noel e o Revéillon pela novela da Globo, que bateu recordes de audiência no período. Odete Roitman (Beatriz Segall), inclusive, foi assassinada em pleno dia 24 de dezembro.

“Planejamos a morte da vilã sem nos preocuparmos em saber a data em que o crime ocorreria. E assim, só muito tarde é que nos demos conta: sua violenta morte a tiros seria vista em todos os lares do Brasil na data mais imprópria, a véspera do Natal, dia em que, além disso, a audiência das novelas costuma ser baixíssima”, escreveu Aguinaldo Silva em sua autobiografia, Meu Passado me Perdoa.

Sair da versão mobile