No ar desde o último 7 de novembro, a terceira reprise de O Rei do Gado (1996) no Vale a Pena Ver de Novo vem fazendo sucesso ao narrar a rivalidade entre as famílias Berdinazzi e Mezenga, que começa em meados do século 20 e vai até praticamente o fim dele.

Emilio Orciollo Neto
Divulgação / Globo

A reta final prevê fortes emoções. Uma delas envolve Geremias Berdinazzi (Raul Cortez) e a descoberta de um sobrinho-neto, Giuseppe (Emílio Orciollo Netto, foto acima).

Parente distante

O Rei do Gado - Eva Wilma
Jorge Baumann / Globo

As suspeitas de Marieta (Eva Wilma, foto acima), mãe de Geremias, na primeira fase da novela, estavam certas. Seu filho Bruno (Marcello Antony), o único bom moço, envolveu-se com uma mulher chamada Gema (Sônia Tozzi / Luísa Fiori), na Itália. Dessa relação, nasceu uma criança que, apesar de mencionada, nunca apareceu na trama.

Quem vai aparecer, na verdade, é o neto do personagem de Marcello Antony, que se chama Giuseppe, tal qual o avô paterno (Tarcísio Meira). Ele surge na reta final da história para encontrar seus familiares vivos no Brasil.

Giuseppe encontrará Geremias, seu tio-avô, e descobrirá seu parentesco com Luana (Patrícia Pillar), que, na verdade, é Marieta Berdinazzi – descendente de Giácomo (Manoel Boucinhas), outro irmão do carcamano vivido por Raul Cortez.

Estreia do ator na TV

O Rei do Gado - Marcello Antony
Reprodução / Globo

Marcello Antony (foto acima) estreou na televisão através de O Rei do Gado, onde viveu Bruno Berdinazzi, filho de Giuseppe e Marieta. Era o único irmão ligado à irmã Giovanna (Letícia Spiller), mãe de Bruno (Antonio Fagundes).

O jovem é convocado para a Segunda Guerra Mundial e acaba morrendo durante uma batalha. Ao receber a notícia, a família também é presenteada com uma medalha de honra pelo desempenho do herdeiro no combate – uma das cenas mais emocionantes da primeira fase do folhetim.

Marcello Antony fazia a Oficina de Atores da Globo e chamou a atenção do diretor Luiz Fernando Carvalho, conquistando o papel após diversos testes.

“Fiquei dois meses em Amparo (interior de SP) vivenciando a rotina do cara do campo que trabalha com café. Acordava às 4h30 da manhã, almoçava às 10h30, e também fui para a Itália porque meu personagem era um pracinha da Segunda Guerra Mundial”, contou ao Ego em 10 de janeiro de 2015.

Outro estreante

Emílio Orciollo Netto também relatou em entrevista ao Ego como foi a experiência de estrear na TV na trama de sucesso.

“Eu era muito garoto, minha ideia era fazer teatro, não tinha pretensão de novela. Mas quando vi, me apaixonei pela linguagem da TV, fui bem recebido pelo Raul Cortez, Gloria Pires… A gente precisa de oportunidade na vida, e o Luiz Fernando Carvalho acreditou no meu trabalho”, destacou.

“No teatro a gente carrega o figurino e coloca os adereços em cena. Eu chegava mais cedo e levava o meu figurino na mala pro set, todo mundo dava risada. […] Passei 15 dias na Itália e as pessoas achavam que eu era italiano. Aprendi muito com Raul Cortez, minha grande lembrança é o grande ator que ele era. Tenho essa novela no coração, é um novelão”, complementou o ator.

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