Novo personagem chega para tirar garçom de Travessia do sério

30/11/2022 às 18h15

Por: Dyego Terra
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Após abrir mão da abordagem sobre tecnologia em Travessia, por conta da queda de audiência, Gloria Perez vai retomar o tema com um personagem inusitado: o robô Haroldo.

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A inovação tecnológica entra em cena no capítulo desta quarta-feira (30). O garçom Joel (Nando Cunha) não vai gostar nada, nada da gerigonça, adquirida por Nunes (Orã Figueiredo) para o bar Encanto da Vila.

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Novidade

Travessia - Nando Cunha e Orã Figueiredo

Haroldo promete revolucionar o atendimento no boteco mais movimentado de Vila Isabel. O robô vai encantar os clientes e aborrecer o funcionário mais antigo da casa, Joel.

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Os frequentadores do Encanto da Vila vão disputar o aparelho, que passará a receber mais gorjetas do que os empregados “de carne e osso”, causando a alegria de Nunes e a ciumeira da equipe.

Homem x máquina

Travessia - Orã Figueiredo

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Nas cenas de Travessia exibidas nesta quarta, Nunes tentará agradar Joel ao ver o incômodo dele com a “contratação” de Haroldo. O robô servirá o garçom antes de atender os clientes. A honraria não diminuirá o aborrecimento.

O objetivo de Gloria Perez é retratar o temor de trabalhadores que estão sendo substituídos por máquinas – Joel pensará em atuar como motorista, mas será surpreendido ao descobrir que o dono da frota busca por carros inteligentes.

“É o confronto da inteligência artificial com o trabalhador tradicional que, nesses novos tempos, anda perdendo lugar para as máquinas”, descreveu a autora na sinopse.

Inovação em cena

O Clone - Murilo Benício

Esta não é a primeira vez que Gloria aborda a tecnologia em seus folhetins. Em Explode Coração (1995), os protagonistas se conheceram através de mensagens trocadas pelo computador, na então embrionária internet.

Antes, em Barriga de Aluguel (1990), a novelista tratou de inseminação artificial, precipitando a discussão que ganharia força posteriormente. Gloria Perez também adiantou temas pertinentes, pouco comentados pela ciência e pela Justiça, em O Clone (2001, foto).

Contudo, a discussão sobre tecnologia, metaverso e dependência digital ainda não mostrou a que veio. O público de Travessia parece, a julgar pela audiência e pela repercussão, rejeitar tal tema.

Será que um robô, nesta altura do folhetim, trará resultados positivos?

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