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No próximo dia 25, a exibição do último capítulo de Escrito nas Estrelas completa 12 anos. A novela de Elizabeth Jhin, estrelada por Humberto Martins e Nathalia Dill, é uma das mais bem-sucedidas da história recente das seis.
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A temática espírita da trama encantou o público e arrancou elogios da crítica. Apesar dos pontos a favor, o folhetim ainda não emplacou nas faixas de reprises da Globo. Uma pena…
Amor além da vida
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Escrito nas Estrelas partia do encontro de Daniel (Jayme Matarazzo) e Viviane (Nathália Dill). Ele, um estudante de medicina, filho do Dr. Ricardo Aguillar (Humberto Martins). Pai e filho, apesar de serem grandes amigos, possuíam objetivos e temperamentos opostos, o que causava atritos entre os dois.
Daniel morreu em um acidente, logo no primeiro capítulo. Tempos depois, Ricardo descobriu que o filho havia congelado seu sêmen. Neste momento, o médico deu início à busca pela mulher ideal para dar vida ao seu neto. Beatriz (Débora Falabella), ex de Daniel, parecia uma escolha óbvia, mas o caráter deturpado da moça fez a escolha de Ricardo recair sobre outra pessoa…
A eleita foi Viviane, que conheceu Daniel no dia do acidente – e que estava com ele no carro. A princípio, ela foi induzida pelo sórdido Gilmar (Alexandre Nero) a enganar Ricardo. Contudo, a proximidade dos dois desencadeou uma grande paixão, testemunhada pelo filho, também apaixonado, mas “do outro lado da vida”.
Sucesso inesperado
Diferente da confusa Eterna Magia (2007), que marcou a estreia solo de Elizabeth Jhin, Escrito nas Estrelas marcou pela história de amor de Viviane e Ricardo, unida a elementos espíritas, sem doutrinação. O espiritismo, assim como em A Viagem (1994), de Ivani Ribeiro, e nos trabalhos posteriores da autora, serviu apenas de pano de fundo para o enredo.
“A história surgiu a partir da leitura de um artigo sobre reprodução humana e os aspectos éticos ligados à ciência genética. Pensei em como seria uma mulher gerar um filho com o sêmen de um homem já falecido e comecei a me perguntar sobre as implicações de um ato desses na esfera espiritual”, contou Elizabeth, às vésperas da estreia.
O folhetim também veio no embalo do filme Nosso Lar, baseado na obra do médium Chico Xavier, com direção de Wagner de Assis – que, junto de Luiz Queiroz, assessorou Jhin. No mesmo, a Globo apostou em outro produto ligado ao espiritismo: a série A Cura, de João Emanuel Carneiro.
“Quis trazer para a trama inquietações transcendentais pelas quais todos passamos. (…) Minha intenção é enfocar a espiritualidade no seu sentido amplo, aquela busca pelo sagrado que existe dentro do homem desde que ele se pôs de pé e conseguiu olhar para o alto. Quero mostrar uma espiritualidade ligada à alegria e ao amor que deveria existir entre as pessoas”, ressaltou a novelista.
O sucesso de Escrito nas Estrelas
A novela rendeu assunto. O entrecho sobre a mulher que gerou o filho de um homem morto foi destaque em programas jornalísticos da casa; o debate, aliás, ainda não encontra respaldo na legislação.
O primoroso trabalho de Nathalia Dill foi um dos destaques de Escrito nas Estrelas. Escolhida por Elizabeth Jhin, Nathalia demonstrou amadurecimento como atriz, com Viviane/Vitória envolvida em questões que não cabiam em suas personagens anteriores, em Malhação (2007) e Paraíso (2009).
Humberto Martins respondeu por um galã completamente diferente dos que estava habituado, especialmente os das novelas de Carlos Lombardi. Débora Falabella formou ótima parceria com Zezé Polessa, a Sofia, enquanto Alexandre Nero cativou o público como o vilão Gilmar – engolido por um tubarão no último capítulo, desfechado comentado até hoje.
Vale a pena ver de novo!
Os muitos predicados de Escritos nas Estrelas, incluindo a direção de núcleo de Rogério Gomes, a excelente produção, a agilidade do enredo e o bom desempenho em audiência a credenciam para uma reprise.
Curioso, porém, que a trama ainda não tenha sido escalada pela Globo para uma eventual reapresentação, mesmo com tantos pedidos nas redes sociais. Cabe salientar que a novela também não está disponível no Globoplay.
Quem sabe, após a passagem de Chocolate com Pimenta (2003) pela sessão Edição Especial, a obra de Elizabeth Jhin ganhe uma chance de pintar na telinha? Os fãs vão agradecer e muito!