PROJETO ORIGINALIDADE

Novela que sofreu boicote dos evangélicos ganhará nova chance da Globo

Sophie Charlotte em Babilônia

Sophie Charlotte em Babilônia

A Globo está pagando seus pecados com Mania de Você, mas já passou sufoco com outras tramas exibidas em sua principal faixa de novelas, especialmente nos últimos anos.

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Uma dessas produções, que enfrentou um intenso boicote dos evangélicos e também passou por mudanças drásticas, vai ganhar nova chance da emissora em dezembro.

Originalidade

Última novela de Gilberto Braga, Babilônia já está disponível no Globoplay, mas será alvo do Projeto Originalidade a partir de 23 de dezembro.

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A ação busca resgatar a qualidade original de novelas já disponíveis na plataforma da moda como foram exibidas na exibição original, a partir do aumento da qualidade de imagem, adição de vinhetas de abertura, intervalos e encerramentos, reinserção de cortes originais e episódios omitidos.

Boicote

Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg em Babilônia

Exibida entre março e agosto de 2015, Babilônia já começou envolvida em polêmicas.

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Logo em seu capítulo inicial, Babilônia ousou ao exibir um beijo lésbico entre Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, que interpretavam o casal Teresa e Estela.

A cena chocou os espectadores mais conservadores e gerou protestos entre os evangélicos.

O senador Magno Malta e o deputado federal João Campos, então integrantes da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, chegaram a fazer campanha contra a novela das nove da Globo.

Os parlamentares emitiram nota pedindo para o público boicotar Babilônia. Segundo eles, o folhetim fazia “apologia ao mal” e visava “destruir famílias”.

Textos de evangélicos passaram a correr as redes sociais. Apesar dos protestos, as personagens homossexuais continuaram na trama.

“São reações de uma minoria, que não tem qualquer amparo legal. Os deputados estão fazendo barulho na tentativa de se promover às custas do sucesso da novela. Ao usar suas posições no Congresso para atacar a Rede Globo e a novela das nove, eles querem atrair a atenção da mídia para si. E assim se exibir nos seus redutos eleitorais”, declarou Ricardo Linhares ao site Notícias da TV.

Desastre

Além do boicote, a novela foi rejeitada pelo público por outros motivos, obrigando os autores a realizarem diversas alterações, descaracterizando completamente a história.

O então diretor de dramaturgia da Globo, Silvio de Abreu, organizou e reescreveu cinco capítulos, do 37 ao 41, para acelerar documentos e tentar fisgar o público.

Nada disso, no entanto, deu certo: Babilônia acabou encurtada em três semanas e se tornou a novela das nove menos vista até então, com média geral de 25,4 pontos, oito a menos que a antecessora, Império.

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