Novela que se passa num único dia ganha nova chance da Globo

O Rebu (2014) foi a quarta “novela das onze” produzida pela Globo. Trata-se de uma nova versão da história criada por Bráulio Pedroso em 1974, desta vez assinada pela dupla George Moura e Sergio Goldenberg.

Sophie Charlotte em O Rebu (divulgação/Globo)

A trama ficou marcada pela sua ousadia, já que a maior parte de sua história se passava em pouco mais de um dia. Porém, na época, o público não se empolgou com a novela com ares de thriller. Mas, ainda assim, a Globo surpreendeu e decidiu dar uma nova chance à história, que será a atração do Projeto Originalidade do Globoplay em janeiro de 2024.

Festa macabra

Patrícia Pillar e Sophie Charlotte em O Rebu (divulgação/Globo)

O Rebu mostra a empreiteira Angela Mahler (Patrícia Pillar), que abre as portas de sua mansão para promover uma grande festa. Ela decide celebrar a parceria com Carlos Braga (Tony Ramos) em um projeto de exploração de petróleo.

Mas, durante a festa, acontece um assassinato. Bruno (Daniel de Oliveira), um profissional de tecnologia que trabalha com Angela, aparece morto, boiando na piscina. O rapaz era namorado de Duda (Sophie Charlotte), filha de criação da anfitriã.

Aos poucos, descobre-se que Bruno tinha vários inimigos. O rapaz, inclusive, havia acabado de pedir demissão da empresa de Braga para trabalhar com Angela. Assim, o delegado Pedroso (Marcos Palmeira) inicia uma investigação para descobrir quem matou Bruno e qual o motivo.

A grande sacada de O Rebu é que a maior parte da trama se passa durante a festa e no dia seguinte, quando Pedroso inicia a investigação. Flashbacks revelam as verdadeiras facetas dos convidados da festa e todos são suspeitos pelo assassinato.

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Nova versão

Bete Mendes e Buza Ferraz em O Rebu

A versão de 2014 de O Rebu é inspirada em uma novela de mesmo nome que a Globo exibiu em 1974 na faixa das 22h. A trama, escrita por Bráulio Pedroso, surpreendeu ao contar uma história que se passava, basicamente, durante uma festa, com flashbacks mostrando o passado dos personagens.

Na primeira versão, o anfitrião era Conrad Mahler (Ziembinski), que dá uma festa em sua casa para receber uma condessa italiana. Durante a festa, aparece um corpo boiando na piscina. O público, então, é levado a tentar descobrir quem morreu e quem matou.

Apenas na metade da novela é revelado que a vítima era Silvia (Bete Mendes), namorada de Cauê (Buza Ferraz), o “protegido” de Conrad. Já o verdadeiro assassino é revelado apenas no último capítulo.

A versão de 1974 teve 112 capítulos. Já a segunda versão foi bem mais curta, com apenas 36 episódios. Além disso, os autores Sérgio Goldenberg e George Moura fizeram diversas mudanças no enredo, como o gênero dos personagens principais, que foram invertidos.

Curiosamente, nenhuma das duas versões de O Rebu foi considerada sucesso de audiência. A crítica aplaudiu a inventividade da narrativa inusitada, mas o público teve dificuldades para entender o vai-e-vem temporal e não embarcou na trama.

Projeto Originalidade

O Rebu (divulgação/Globo)

O Rebu será a atração do Projeto Originalidade do Globoplay em janeiro. A ação consiste em atualizar a trama disponível na plataforma, com melhor qualidade de imagem e a inserção da abertura e vinhetas de intervalo.

Com isso, a Globo vai disponibilizar as duas versões de O Rebu praticamente ao mesmo tempo. Isso porque a versão de 1974 foi a escolhida para inaugurar o Projeto Fragmentos, ação do Globoplay que vai resgatar novelas incompletas – tramas que não foram preservadas na íntegra pela emissora.

Os capítulos preservados da versão original de O Rebu serão disponibilizados a partir do dia 24 de janeiro de 2024 no streaming da Globo.