Novela que parou o Brasil será resgatada pela Globo em setembro

A Próxima Vítima

Uma das poucas novelas que literalmente parou o Brasil será resgatada pela Globo em setembro. Exibida originalmente entre 13 de março e 3 de novembro de 1995, A Próxima Vítima, de Silvio de Abreu, será uma das tramas disponibilizadas pelo Globoplay em setembro.

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Estrelada por nomes como Tony Ramos, Susana Vieira, José Wilker, Aracy Balabanian, Cláudia Ohana, Natália do Vale, Tereza Rachel, Yoná Magalhães, Rosamaria Murtinho, Gianfrancesco Guarnieri e Lima Duarte, além de muitos outros astros e estrelas, a novela marcou época ao criar suspense sobre uma série de assassinatos baseada no horóscopo chinês.

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Além de descobrir quem era o serial killer, o público tentava saber quem seria o próximo personagem a ser eliminado.

“Com uma história bem construída, e tramas que se intercalavam, a maioria dos personagens estava na lista de suspeitos. Porém, a qualquer momento, qualquer um deles poderia ser eliminado”, explicou nosso colunista Nilson Xavier em seu site Teledramaturgia.

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A produção ainda levantou alguns temas polêmicos, como drogas, com o personagem Lucas (Pedro Vasconcellos); a homossexualidade, com Sandrinho e Jeferson (André Gonçalves e Lui Mendes); a prostituição por vocação, com Quitéria Quarta-Feira (Vera Holtz); menores abandonados, por meio de Júlia (Glória Menezes); o amor com diferença de idade, entre Cacá e Adriano (Yoná Magalhães e Lugui Palhares) e entre Zé Bolacha e Irene (Lima Duarte e Vivianne Pasmanter); e uma família negra de classe média-alta.

Mudança na reprise

O assassino da versão original era Adalberto, personagem vivido por Cecil Thiré. Uma curiosidade envolvendo a novela é que o final foi alterado para a versão internacional – esse desfecho voltou no Vale a Pena Ver de Novo, em 2000.

A Globo optou por mostrar o final destinado ao mercado internacional. Em iniciativa inédita, parte do elenco foi reunido três meses após o encerramento das gravações para produzir um novo desfecho, onde o assassino acabou sendo Ulisses (Otávio Augusto).

Nesta versão, não só a identidade do serial killer é diferente, como também a sua motivação. Enquanto Adalberto matava por queima de arquivo, Ulisses eliminava seus inimigos por vingança, já que ele era o filho do contador que foi preso injustamente pela morte de Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dolabella) no passado.

No último episódio da reprise, Ulisses foi preso junto com o filho, Bruno (Alexandre Borges). O garçom consegue se desvencilhar do detetive Olavo (Paulo Betti), pega a arma que está em cima da mesa dele e se mata.

Finais alternativos inéditos

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de 9 de julho de 2000 destacou que foram gravados quatro finais para A Próxima Vítima.

O saudoso diretor Jorge Fernando disse à publicação que foi checar os arquivos da emissora para ver se as versões estavam disponíveis e em bom estado, o que foi confirmado.

“Escolhido o personagem, é só fazer uns cortes na edição para encaminhar o novo final”, declarou.

Dois deles são conhecidos, com Adalberto e Ulisses. O jornal especulou que os outros criminosos seriam Marcelo (José Wilker) e Zé Bolacha (Lima Duarte). Um final falso, com Quitéria (Vera Holtz) como assassina, foi escrito por Abreu para despistar a imprensa.

Como já faz muito tempo e a Globo não poderá regravar mais nenhuma cena, como fez recentemente com Haja Coração, resta saber se um dia teremos a oportunidade de ver esses finais alternativos.

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