Mesmo tendo o canal Viva e duas faixas de reprises vespertinas, a Globo ainda mantém vários de seus folhetins engavetados. Enquanto O Rei do Gado (1996) está em sua terceira reprise só no canal aberto, outras novelas não têm a chance de retornar e conquistar um novo público.
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No entanto, o canal vem encontrando uma maneira de atender a esta demanda. Por meio dos projetos Resgate e Originalidade, do Globoplay, várias novelas nunca antes reprisadas estão sendo disponibilizadas, para a alegria do público noveleiro. Uma delas é Amor Eterno Amor, trama das seis de 2012 estrelada por Mayana Neiva (foto acima) que jamais foi reprisada.
O folhetim que trata de assuntos espirituais já está com seus capítulos disponíveis no Globoplay. No entanto, a partir de 20 de fevereiro, o projeto Originalidade substituirá a atual versão pela obra original, ou seja, exatamente como foi exibida na TV: com abertura, encerramento, vinhetas e qualidade de imagem correspondente.
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Filho perdido
Divulgação / GloboAmor Eterno Amor conta a história do domador de búfalos Carlos (Gabriel Braga Nunes), conhecido como Barão. Misterioso, ele guarda lembranças agridoces do passado, já que era explorado pelo pai, Virgílio (Osmar Prado), e, ao mesmo tempo, encontrava alento no amor de Elisa, a quem prometeu amor eterno, mas que acabou separado pelas circunstâncias.
No entanto, o que Carlos não sabe é que, na verdade, ele se chama Rodrigo e é o herdeiro sumido de Verbena (Ana Lucia Torre), uma milionária muito doente que busca, incessantemente, seu filho desaparecido. Mas sua irmã, a ambiciosa Melissa (Cassia Kis), tenta a todo custo impedir tal reencontro, já que foi ela a responsável pelo sequestro de Rodrigo no passado.
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Na busca por Rodrigo, Verbena conta com a ajuda de Clara (Klara Castanho), uma menina sensitiva, e de Miriam (Letícia Persiles), uma jornalista, noiva de Fernando (Carmo Dalla Vecchia), que é filho de Melissa. Ao conhecer Carlos, Miriam terá uma estranha atração pelo domador de búfalos. Eles se envolvem, mas terão que enfrentar Fernando e Amparo (Mayana Neiva), que diz ser Elisa.
Sobrenatural
Divulgação / GloboAmor Eterno Amor é uma novela de Elizabeth Jhin (foto acima), autora que fez fama ao apostar em tramas sobrenaturais. Depois de abordar o ocultismo em Eterna Magia (2007) e o espiritismo em Escrito nas Estrelas (2010), a autora fez um “mix” e recheou Amor Eterno Amor com temas como kardecismo, fenômenos paranormais, crianças índigo, vidas passadas, sessões de regressão, clarividência e experiência de quase morte, entre outros assuntos.
O espiritismo aparece, principalmente, no amor de infância envolvendo Carlos e Elisa. A golpista Maria do Amparo, a mando de Melissa, diz ser Elisa para enganar o protagonista. No entanto, através de sessões de regressão, Carlos descobre que Elisa, na verdade, era um espírito, que está reencarnado em Miriam.
De acordo com nosso colunista Nilson Xavier, em seu site Teledramaturgia, o excesso de temáticas filosóficas e esotéricas atrapalhou o desenvolvimento da novela.
“Amor Eterno Amor exibiu uma história de amor bem amarrada e coerente. Porém, a autora Elizabeth Jhin exagerou na dose religiosa de sua novela. Impor uma doutrina em detrimento da história romântica pode levar ao didatismo monótono – o que se viu em algumas sequências. Esta foi a principal diferença entre Amor Eterno Amor e a novela anterior de Jhin, Escrito nas Estrelas, na qual, ao contrário, a religião serviu apenas de pano de fundo para a trama central”, analisou.
A novela foi exibida entre março e setembro de 2012 e alcançou média de audiência geral de 23 pontos no Ibope, resultado considerado morno.
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Divulgação / Globo
Mas Amor Eterno Amor não será a única trama resgatada pelo Globoplay que nunca foi reprisada. A plataforma da Globo vai desengavetar outras novelas nunca reapresentadas nas próximas semanas.
Uma delas é Uga Uga (2000), grande sucesso de Carlos Lombardi, que vai entrar no catálogo do streaming a partir de 27 de fevereiro, por meio do projeto Resgate. Outras novelas esperadas durante o ano são Perigosas Peruas (1992) e Salsa e Merengue (1996).
