Irmãos Coragem, novela escrita pela genial Janete Clair, foi um grande sucesso da Globo. Exibida em 1970, a produção parou o país e mostrou a força da emissora carioca como rede nacional, colocando produções com qualidade e mostrando o Brasil para os brasileiros.

No dia 2 de janeiro de 1995, para iniciar as comemorações de seus 30 anos, a Globo lançou o remake da trama, que foi adaptado por Dias Gomes e Marcílio Moraes e exibida na faixa das seis. Contudo, os índices de audiência não agradaram a emissora.

Trazemos para você uma comparação dos dois elencos desta novela, que marcou a história da teledramaturgia brasileira.

Confira:

João Coragem

João Coragem é irmão de Jerônimo (Cláudio Cavalcanti) e Duda (Cláudio Marzo). Cuida de seu próprio garimpo e é um homem pacifista, que acredita fielmente na justiça.

Na primeira versão, Tarcísio Meira viveu o personagem e se tornou um ídolo, mostrando para todo o Brasil todo o seu talento e versatilidade.

Já na segunda versão, o papel ficou com Marcos Palmeira, que vinha de Renascer, marco em sua carreira.

Jerônimo Coragem

Jerônimo Coragem é um garimpeiro honesto, que busca entrar na política para lutar contra o poder de Pedro Barros (Gilberto Martinho).

Em sua terceira novela na Globo, Cláudio Cavalcanti interpretou o personagem, e também caiu nas graças do público.

llya São Paulo, uma das revelações da Globo na década de 1990, viveu Jerônimo no remake.

Duda Coragem

Duda Coragem é diferente de seus irmãos. Ele não seguiu a profissão de garimpeiro e virou jogador de futebol, atuando pelo Flamengo.

Claudio Marzo, que já vinha de várias novelas da Globo, deu vida a Duda. Já na versão de 1995, Marcos Winter, que já era uma figura conhecida das novelas da emissora, viveu o personagem.

Sinhana

Zilka Sallaberry, nome consagrado da dramaturgia brasileira, viveu Sinhana, mãe de João, Jerônimo e Duda. Mãe zelosa e sofrida, é uma mulher forte e honesta.

Outra grande atriz, Laura Cardoso interpretou a personagem no remake.

Sebastião

Sebastião, pai dos irmãos coragem e marido de Sinhana, é garimpeiro e se torna uma das vítimas de Pedro Barros e seus capangas. Antônio Victor e Orlando Vieira deram vida ao personagem.

Coronel Pedro Barros

Homem que manda em tudo em Coroado, Coronel Pedro Barros controla todas as áreas de garimpo da cidade, forçando os garimpeiros a venderam as pedras para ele, e assim lucrar nas vendas para o estrangeiro.

Gilberto Martinho, que já vinha de sucessos como Sangue e Areia e Véu de Noiva, ficou com o papel. Na versão de 1995, Claudio Marzo, que também trabalhou na primeira versão, deu vida ao vilão.

Estela Lemos Barros

Esposa de Pedro Barros, Estela é uma mulher vaidosa e que odeia Coroado. Não suporta o marido e acaba traindo-o com um dos seus capangas.

Glauce Rocha viveu Estela em sua última novela pela Globo. Na segunda versão, Eliane Giardini ficou com o papel.

Maria de Lara

Glória Menezes, que já se tornava um dos principais nomes da TV, interpretou Maria de Lara, filha de Pedro Barros. Professora sensata e carinhosa, sofre de distúrbios de comportamento, se transforma na vulgar Diana e na equilibrada Marcia.

Letícia Sabatella, que já tinha mostrado seu talento em O Dono do Mundo e outras tramas, viveu Maria no remake.

Potira

Potira é uma mulher mestiça, mistura de índio com branco. Ela vive com Sinhana e Sebastião, que considera como se fosse seus pais. Ela acaba se apaixonando por Jerônimo.

Lúcia Alves, que começava a sua carreira, deu vida à personagem. Em 1995, a escolhida para interpretar Potira foi Dira Paes.

Juca Cipó

Juca Cipó é um dos jagunços de Pedro Barros e sofre de problemas mentais. Homem frio e vingativo, ele pode matar sendo bem pago ou não. Ele não tem consciência das maldades que faz.

Emiliano Queiroz já vinha de vários sucessos na Globo quando interpretou o personagem. Murilo Benício, revelação em Fera Ferida, deu vida a Juca.

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Ritinha

Ritinha é uma garota ingênua e romântica, namorada de infância de Duda Coragem, por isso sofre com a sua partida da cidade.

Mãe e filha interpretaram a personagem: em 1970 o papel ficou com Regina Duarte; em 1995, com Gabriela Duarte.

Lídia

Lídia é uma jovem linda, feliz e muito sofisticada, gozando da ingenuidade do povo do interior. Ela acaba se apaixonando por Jerônimo Coragem.

Sonia Braga, que fazia a sua estreia na Globo, deu vida à personagem. Isabela Garcia, que já vinha de vários sucessos na emissora carioca, foi escolhida para interpretar Lídia no remake.

Dalva

Mirian Pires viveu Dalva, mulher rancorosa que é tia de Lara e dá abrigo a sobrinha quando ela vai ao Rio de Janeiro.

Suzana Faini foi a escolhida para o papel de Dalva na versão de 1995.

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Diogo Falcão

Carlos Eduardo Dolabella, que já despontava como um dos galãs das novelas da Globo, interpretou o delegado Diogo Falcão.

Jackson Antunes, que fez sucesso em Renascer, ficou com o personagem na segunda versão.

Doutor Maciel

Ênio Santos interpretou o Doutor Maciel, pai de Ritinha e médico da cidade. Ele consegue superar o alcoolismo que tanto lhe atrapalhou.

No remake, Emiliano Queiroz, que também atuou na primeira versão, ficou com o personagem.

Domingas

Domingas é uma empregada que cuida de Ritinha, auxiliando e sempre dando apoio a jovem.

Ana Ariel e Via Negromonte deram vida à personagem.

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Lourenço

Lourenço é um homem rústico e firme, sendo o braço direito do Coronel Pedro Barros e seu principal capataz. Ele tem um caso com Estela, esposa do coronel.

Hemílcio Fróes, que fazia a sua primeira novela na Globo, deu vida ao personagem. Na versão de 1995, Reinaldo Gonzaga interpretou Lourenço.

Paula

Paula conhece Duda quando ele vai ao Rio de Janeiro jogar pelo Flamengo e acaba se apaixonando por ele.

Myriam Pérsia e Rita Guedes interpretaram a personagem.

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Rodrigo César Vidigal

Rodrigo César Vidigal é um promotor que acaba se unindo a João Coragem para fazer justiça contra os desmandos do Coronel Pedro Barros. Ele acaba se apaixonando por Potira.

José Augusto Branco e Giuseppe Oristânio viveram o personagem na trama.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor