Vista recentemente em Cara e Coragem (foto abaixo, com Paolla Oliveira), Taís Araujo enfrentou um pesadelo em 2009, quando foi eleita protagonista de Viver a Vida.
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Durante a exibição da novela de Manoel Carlos, duramente criticada pelo desenvolvimento dos temas propostos e pela narrativa lenta, a atriz se viu mergulhada numa crise que a fez pensar no fim da carreira.
Deu ruim
A expectativa para Viver a Vida era alta. Manoel Carlos voltava ao horário nobre após o êxito de tramas como Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003) e Páginas da Vida (2006), pela primeira vez com uma Helena negra.
Nada, porém, deu certo. A personagem não foi bem aceita, o romance de Helena e Marcos (José Mayer) foi rejeitado e Taís passou a enfrentar críticas…
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Além disso, a atriz perdeu o protagonismo para Alinne Moraes, que se destacou como Luciana, modelo que ficava tetraplégica após um acidente, protagonizando conflitos mais interessantes – como o envolvimento com os gêmeos Jorge e Miguel (Mateus Solano).
“Eu fui espinafrada”
Escanteada, Taís Araujo sofreu e muito com os comentários depreciativos na imprensa e por parte do público, chegando a pensar que Viver a Vida representaria o fim de sua estrada na atuação.
Em março deste ano, em uma entrevista à revista Piauí, ela analisou tudo o que viveu e os deslizes da novela e da personagem.
“A culpa não foi minha. Ou não foi exclusivamente minha. Eu fui espinafrada e pensava que aquele era o fim da minha carreira. Todo mundo caiu na questão de tratar a personagem como branca, acreditando na democracia racial, de que somos todos iguais. Não é assim na rua, pois o Brasil é racista”, lamentou.
“Ficou inverossímil. O erro ou ingenuidade minha, do Maneco, do Jayme Monjardim [diretor artístico] e da Globo, é que caímos no mito da democracia racial. Olhamos como se o negro no Brasil tivesse o mesmo trânsito de um branco. Não tem”, completou.
Crescimento pessoal e profissional
Duramente criticada, e lidando com as comparações inevitáveis com as Helenas das produções anteriores assinadas por Manoel Carlos, Taís Araujo enfrentou pela primeira vez o rechaço do público, o que a fez crescer de alguma forma.
“A gente amadurece. Envelhecer é bom por isso. A última vez que estive nesse lugar… O que eu aprendi estando nesse lugar? A nossa vida de artista é um eterno recomeçar. As críticas são uma parte da caminhada. É parte de um processo. E naquela época fiquei muito abalada porque eu tinha passado imune a elas”, analisou em entrevista ao site Heloísa Tolipan, em 2019.
“Tinha uma carreira muito próspera. Fatalmente serei criticada de novo em um momento da minha vida. A diferença é que agora não há o ineditismo, eu já sei o que é”, acrescentou.