O que parecia um desastre acabou se tornando, por vias tortas, um dos maiores sucessos da história da Globo.
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Há exatamente 49 anos, em 24 de novembro de 1975, a emissora estreava uma novela feita às pressas que virou o tapa-buraco mais bem-sucedido da história do canal.
Censura
Estamos falando da primeira versão de Pecado Capital, que foi criada em cima da hora para tapar o buraco de Roque santeiro, novela que foi proibida pela Censura no dia de sua estreia, três meses antes.
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Janete Clair, que estava escrevendo Bravo! na faixa das sete, se ofereceu para criar uma sinopse em tempo recorde, passando o bastão da novela que estava no ar para o novato Gilberto Braga, seu colaborador.
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Trama
A novela girava em torno do taxista Carlão (Francisco Cuoco), que encontra em seu táxi uma mala de dinheiro. A grana havia sido deixada por bandidos que acabaram de assaltar um banco.
Passando por problemas financeiros, Carlão se vê num dilema: fica com o dinheiro ou o entrega à polícia?
Ele é noivo de Lucinha (Betty Faria), tecelã que acaba escolhida para estrelar uma campanha da fábrica onde trabalhava e começa a fazer sucesso como modelo. A confecção pertence ao rico industrial Salviano Lisboa (Lima Duarte), que se apaixona por ela.
Com a guinada em sua vida, Lucinha se afasta cada vez mais de Carlão e acaba se envolvendo com Salviano.
O taxista, por sua vez, decide provar que pode ser tão bem-sucedido quanto Salviano e usa o dinheiro do roubo para comprar uma frota de táxi.
Sucesso
A trama deu muito certo e Pecado Capital virou mania nacional. A novela teve 167 capítulos e foi exibida até 5 de junho de 1976, entregando a faixa para O Casarão.
Para completar, Roque Santeiro seria produzida apenas 10 anos depois de sua proibição, em 1975, e se transformaria num dos maiores sucessos da história da televisão brasileira.