Novela de 16 anos atrás terá muitos cortes para voltar na Globo

Wagner Moura em Paraíso Tropical

Wagner Moura em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

Novela das oito exibida pela Globo em 2007, Paraíso Tropical voltará ao ar no Vale a Pena Ver de Novo. Com um início pouco empolgante e tramas polêmicas, a reprise será alvo de uma “tesoura” implacável para ajustar o enredo à faixa vespertina.

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Wagner Moura em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

Assinada por Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a história das gêmeas Paula e Taís (interpretadas por Alessandra Negrini) conta com 179 capítulos e tem um elenco formado por nomes como Fábio Assunção, Wagner Moura, Tony Ramos, Gloria Pires, Vera Holtz, Camila Pitanga e Bruno Gagliasso.

Com uma trama pesada, repleta de cenas de violência e sexo, além de enredos polêmicos, Paraíso Tropical não passará ilesa no “facão” da edição da Globo, que deve limar conteúdos considerados pesados para serem exibidos à tarde.

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Mesmo com a permissão para levar ao ar cenas mais pesadas durante o dia, a emissora carioca mantém uma política interna de amenizar as sequências das reprises do Vale a Pena Ver de Novo. Por conta disso, a novela deverá ser bem picotada.

Início rejeitado

Em sua exibição original, Paraíso Tropical teve um início complicado e foi apontado um “excesso de masculinidade”. Os autores, então, passaram a valorizar mais personagens femininas.

Na época, o autor Silvio de Abreu chegou a dar uma ajuda aos colegas para alinhar os rumos do folhetim. Em depoimento ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo, Gilberto Braga contou como isso aconteceu.

“Silvio veio ao Rio duas vezes, quando estávamos por volta do capítulo 50. Ele nos ajudou a vender os protagonistas de forma mais eficaz ao público, e bolamos juntos a trama sobre a família de Marion [Vera Holtz], que acabou resultando no último capítulo da novela”, revelou o novelista.

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Violência na veia

Marcello Antony e Fernanda Machado (Reprodução / Globo)

Durante sua trajetória, Paraíso Tropical apresentou muitas cenas de violência, o que deve ser alvo de vários cortes na reexibição vespertina. Uma das sequências mais pesadas envolve Joana (Fernanda Machado).

Revoltada por não ser filha biológica de Heitor (Daniel Dantas) e sim do cafetão Jader (Chico Diaz), a moça resolve se tornar garota de programa de Cadelão (Ed Oliveira) – o rival de Jader – para afrontar a família.

Mas Joana desiste na hora H e o cafetão não aceita o pedido dela para abandonar essa vida, passando a extorqui-la por conta de um “prejuízo”. A jovem, então, leva uma surra pesada de Cadelão, que é assassinado por Jader numa sequência que é puro “banho de sangue”.

Trama sexualizada

Wagner Moura (Olavo) e Camila Pitanga (Bebel) em Paraíso Tropical (Divulgação / Globo)

Na época, o relacionamento entre a garota de programa Bebel (Camila Pitanga) e o executivo Olavo (Wagner Moura) caiu nas graças do público. Os dois se tornaram um casal sensação, ofuscando os mocinhos Daniel (Fábio Assunção) e Paula (Alessandra Negrini).

No entanto, o relacionamento do casal deverá ser “podado” na reprise, já que os dois têm cenas bem quentes com direito a um vocabulário sexualizado, considerado pesado para o público da tarde.

Por falar em Bebel, o desfecho da personagem mostra ela tendo um caso com um Senador da República e sendo convocada para uma CPI no final da história.

Na exibição original, essa parte causou polêmica e foi alvo de críticas de políticos, o que também pode acabar interferindo na reprise.

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