Um dos maiores sucessos da Globo da década de 2000, Mulheres Apaixonadas está no ar pela segunda vez no Vale a Pena Ver de Novo. Se não houver uma mudança nos planos, a trama de Manoel Carlos deve seguir no ar até o dia 8 de dezembro. Ou seja ainda faltam pouco mais de dois meses para o folhetim chegar ao fim.

Juliano Cazarré e Vanessa Giácomo em Amor à Vida
Juliano Cazarré e Vanessa Giácomo em Amor à Vida (divulgação/Globo)

Mas, desde já, começam as especulações sobre a trama que a sucederá no fim de tarde da Globo. A emissora ainda não confirma oficialmente, mas Amor à Vida (2013) – que tinha Juliano Cazarré (Ninho) e Vanessa Giácomo (Aline) no elenco – aparece como forte candidata ao posto. No entanto, um clássico dos anos 2000 também corre por fora.

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A volta de Félix

Thiago Fragoso (Niko) e Mateus Solano (Félix) em Amor à Vida
Thiago Fragoso (Niko) e Mateus Solano (Félix) em Amor à Vida (divulgação/Globo)

Walcyr Carrasco não está em seus melhores dias com Terra e Paixão. No entanto, o autor segue em alta na Globo e suas novelas estão sempre cotadas para voltar ao ar nas faixas de reprises. Por isso, Amor à Vida surge como a favorita para substituir Mulheres Apaixonadas no Vale a Pena Ver de Novo.

A história começa com a rivalidade entre os irmãos Paloma (Paolla Oliveira) e Félix (Mateus Solano), herdeiros do Hospital San Magno, cujo dono é o implacável César Khoury (Antonio Fagundes). O médico e empresário tem clara preferência pela filha, que também é médica, o que gera o ciúme em Félix, que é administrador. César, aliás, rejeita Félix por ele ser homossexual.

Disposto a acabar com Paloma e assumir o comando do hospital, Félix é capaz das maiores barbaridades. A principal delas é jogar a sobrinha recém-nascida numa caçamba. A bebê é encontrada por Bruno (Malvino Salvador), que a cria como filha. Anos depois, ele e Paloma se conhecem e se apaixonam.

Félix começa a novela como um grande vilão, mas o personagem caiu nas graças do público e se tornou o protagonista da história. Com isso, o autor Walcyr Carrasco o colocou numa jornada de redenção, com direito ao final feliz ao lado de Niko (Thiago Fragoso).

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Favorita

Amor à Vida
Mateus Solano e Paolla Oliveira em Amor à Vida (divulgação/Globo)

Ainda é cedo para cravar, já que a Globo costuma, muitas vezes, mudar de ideia em cima da hora. Mas, até aqui, Amor à Vida é a favorita para substituir Mulheres Apaixonadas, e por vários motivos.

Um deles é o fato de a emissora preferir, desta vez, apostar num título que nunca foi reprisado antes. Nos últimos anos, as “re-reprises” se tornaram comuns no Vale a Pena Ver de Novo, mas elas não são garantia de sucesso. O canal colheu bons frutos com Por Amor (1997), Laços de Família (2000) e O Rei do Gado (1996), mas Mulheres Apaixonadas derrubou os números do horário.

E mais: a trama é de Walcyr Carrasco, que não costuma decepcionar na audiência – Terra e Paixão é exceção ao histórico do autor. Carrasco emplacou tramas de sucesso às 21h, mas nenhuma delas foi reprisada até o momento. Além de Amor à Vida, o novelista também assinou O Outro Lado do Paraíso (2017) e A Dona do Pedaço (2019), todas figurando entre as principais audiências da década passada.

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Corre por fora

América - Deborah Secco e Murilo Benício
Deborah Secco e Murilo Benício em América (Divulgação / Globo)

Mas Amor à Vida não é a única novela que está no páreo para uma reprise no Vale a Pena Ver de Novo. América (2005) é outro título que corre por fora para assumir a vaga de Mulheres Apaixonadas nas tardes da Globo.

A novela de Gloria Perez faz parte de um período feliz das novelas das 21h da Globo nos anos 2000. A trama sucedeu os sucessos Celebridade (2003) e Senhora do Destino (2004), além de ter precedido Belíssima (2005) e Páginas da Vida (2006), todas consideradas grandes êxitos do horário. Dentre estas, América é a única que ainda não foi reprisada.

Estrelada por Deborah Secco (Sol) e Murilo Benício (Tião), América começou derrapando, mas a autora promoveu modificações no enredo – além de solicitar a troca de direção, passando de Jayme Monjardim para Marcos Schechtman -, o que a transformou num grande sucesso. Até hoje, ela conta com a torcida dos fãs para um repeteco, embora nunca tenha sido reprisada. Será que a hora chegou?

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor