Nova temporada do Globo Repórter estreia com destino inédito para o programa
10/03/2017 às 9h15
Bette Lucchese esperava encontrar um país arrasado pelos anos de guerra, mas o que descobriu foi uma terra em constante renascimento. O destino, inédito para o programa e para toda a equipe, é o Líbano.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um país pequeno, que equivale em extensão à metade de Sergipe, o menor estado brasileiro. Tem apenas 4,5 milhões de habitantes, sendo 12 mil brasileiros. No Brasil, o número de libaneses e descendentes é bem maior do que na terra natal. Quase o triplo da população de lá.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
É neste pequeno e surpreendente país que o Globo Repórter aterrissa em sua estreia na nova temporada, que volta ao ar nesta sexta (10). Bette Lucchese, o editor Paulo Sampaio, o produtor Mahomed Saigg e o repórter cinematográfico Eduardo Torres nos envolvem em uma aventura surpreendente pela terra que nasceu das guerras e terremotos.
Essa é a primeira vez de todos da equipe da Globo no Líbano. Os quatro partiram do Brasil para redescobrir o país, em uma viagem que durou 16 dias. E se surpreenderam com o que viram. “Quando começamos a estudar o país descobrimos muitas coisas bonitas. Esperava encontrar um país mais arrasado do que ele está. Tem algumas marcas fortes da guerra, mas conseguiu se reerguer e está muito bonito”, conta Bette. “E eles têm muito orgulho dessa volta por cima”, complementa o editor Paulo Sampaio, ressaltando a recorrente comparação feita por eles do país com a fênix, da mitologia grega, que morria no fogo e renascia das próprias cinzas. “O programa não fala de guerra, muito pelo contrário. É pura felicidade”, garante a repórter.
LEIA TAMBÉM:
● Fim do Caldeirão? Globo toma decisão sobre as tardes de sábado
● Quitar dívidas: Jornal Nacional dá notícia importante para brasileiros com nome sujo
● Agora vai? Continuação de Cheias de Charme é confirmada por atriz
Mais de 10 anos já se passaram desde a última guerra. E, pela oitava vez, a capital Beirute está se reerguendo. Entre os mais de 12 mil brasileiros que vivem no Líbano está a jornalista e blogueira Lu Braga, há três anos no país. Ele confessa que estava apreensiva quando foi ao Líbano pela primeira vez, com medo da guerra e da repressão que diziam que as mulheres sofriam. Mas o que Lu encontrou foi uma realidade bem diferente. “Aqui a mulher pode sair sozinha, pode beber. Saio a qualquer hora do dia ou da noite. Posso andar às quatro da manhã sozinha na rua, com o celular na mão, que ninguém chega perto de mim. E não me sinto uma estrangeira, pelo contrário. Me sinto em casa”, conta a blogueira. Lu Braga não é a única personagem brasileira do programa. Eles visitam Sultan Yacoub, um vilarejo brasileiro no Líbano, onde o português é praticamente a língua oficial.
A equipe passeia pela histórica Baalbek, um dos maiores complexos de templos da antiguidade. São mais de sete mil anos de história. Próximo dali, a catedral ortodoxa de São Jorge, uma igreja maronita e duas católicas são vizinhas da maior mesquita do Líbano. Bette Lucchese visita ainda um gigantesco labirinto de cavernas e passeia pela gruta de Jeita, a oitava maravilha do mundo para os libaneses, uma grande obra de arte esculpida pela natureza. São duas grutas interligadas e há seis anos uma expedição descobriu uma nova galeria, a 33 metros de profundidade. “Dizem que 75% da água consumida em Beirute vem daí”, revela a repórter.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As comidas são uma atração à parte. Bonitas e gostosas. Num passeio pelas feiras, Bette mostra que os alimentos à venda são quase todos orgânicos, chegam fresquinhos da fazenda. É o caso do suco de romã e do mel, que eles extraem na hora. Apresentam um ovo de avestruz, que de tão grande pode ser comido por 12 pessoas, e as águas de flores do Líbano, muito usada como calda em sobremesas, nos cafés e nos chás.
O programa termina com uma visita a um campo de refugiados. Os libaneses, que no passado já se refugiaram na Síria, agora recebem os vizinhos devastados por uma guerra que já dura seis anos. “Eles não pedem brinquedos, pedem roupas e calçados para não passar frio”, conta uma voluntária, sobre as crianças que vivem lá.