Terra e Paixão, nova aposta da Globo para o horário das nove, se passa na fictícia cidade de Nova Esperança. A trama será ambientada no Mato Grosso do Sul.
Os ambientes da novela estrelada por Cauã Reymond e Barbara Reis (foto acima) mesclarão paisagens reais do estado com externas no Rio de Janeiro, além da cidade cenográfica construída nos Estúdios Globo.
Com temática rural, a trama retrata o mundo do agronegócio. Por isso, plantações e grandes aparatos tecnológicos farão parte dos cenários que serão vistos pelos telespectadores.
“Estou fascinado pela tecnologia implantada na agricultura nos dias atuais, me apaixonei por esse ambiente e quis trazer para as telas”, revelou Walcyr Carrasco, autor da superprodução.
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Cenografia
A equipe de cenografia se viu desafiada em retratar todo esse ambiente em gravações externas realizadas na capital carioca, numa ambientação que remetesse às cidades sul-mato-grossenses.
Para tal, parcerias com fazendas na cidade maravilhosa foram feitas para que os grandiosos aparatos como tratores, plantadeiras, semeadeiras e colheitadeiras pudessem ser filmados para a trama.
Além disso, sequências foram gravadas no estado do Centro-Oeste. Ainda assim, alguns itens foram exportados de outras regiões, tudo para conferir ao melodrama a maior realidade possível.
“Trouxemos maquinários e equipamentos agrícolas do Paraná para o Mato Grosso do Sul. Estávamos em época de colheita, então precisamos correr atrás de mais colheitadeira, plantadeira e o trator de outro estado que não estava exercendo a colheita naquela época. Foi uma curiosidade interessante desse trabalho”, conta Eugênia Maakaroun que assina a produção e direção de arte.
Externas
Já no Rio de Janeiro, as externas são gravadas em regiões da Baixada Fluminense e Oeste Metropolitano como Guaratiba, Mangaratiba, Seropédica, Itaguaí, entre outros lugares.
“Encontramos locações em que podemos trazer fragmentos das plantações do Mato Grosso do Sul. Lá é uma grandiosidade, horizontes sem fim, mas aqui também conseguimos contar essa história, ter um cenário próximo, só que um pouco menor”, explica a diretora de arte.
Cidade cenográfica
Já a fazenda de Aline (Barbara Reis), a mocinha da história, foi construída em uma das cidades cenográficas, nos Estúdios Globo. A acomodação precisou ser refeita devido a um incêndio que ocorreu durante as gravações do primeiro capítulo.
A trama é ambientada em Nova Primavera, que não existe na vida real. A cidade foi construída nos estúdios da rede dos Marinhos e engloba diversas locações do enredo agrícola. Na cidade, há uma Cooperativa, o bar de Cândida (Susana Vieira), a escola municipal onde Gladys (Leona Cavalli) é diretora, a delegacia, a academia de Krav Magá de Odilon (Jonathan Azevedo) e a butique de Graça (Agatha Moreira), entre outros cenários.
Fictícia, mas nem tanto assim
Mas, apesar de existir somente na ficção, toda a arquitetura e pintura da cenografia foram baseadas no que pode ser encontrado no Mato Grosso do Sul.
A natureza e a paisagem das plantações de Dourados e Deodápolis, principais locações na região, dão o tom de toda a cenografia, assinada por Cris Bisaglia e Ana Aline, e da produção de arte de Eugênia Maakaroun.
“Trabalhamos com os tons da terra da região, bastante vermelha, e trouxemos muitas cores da natureza para o nosso cenário e para dentro das casas. Esse processo foi muito diferente do que estamos acostumados, pois nos preocupávamos mais com o momento das plantações, o dia em que a fazenda que a gente estava gravando iria plantar e colher a soja. Nosso trabalho foi muito em função do que iria acontecer durante a viagem. Íamos correndo atrás desses acontecimentos e construindo o cenário da nossa história, à mercê da natureza”, conta Maakaroun, conhecida como Didi.
Terra e Paixão estreia no próximo dia 8 de maio e, segundo o seu escritor, será uma telenovela clássica com a presença de um pano de fundo numa antes visto em um melodrama nacional.
“A história apresenta um grande drama amoroso e uma luta por herança, dentro de um ambiente agrícola, rural, uma parte do país ainda desconhecida por muitos, de uma maneira que não estamos acostumados a ver em novelas”, diz o dramaturgo.