André Santana

Novidade da semana na Globo, a Batalha do Lip Sync veio para incrementar o Domingão com Huck. O quadro reúne duas celebridades por semana, que participam de uma disputa de dublagem promovendo um grande show no palco. Paulo Vieira e Letícia Colin foram os primeiros participantes da atração.

Domingão com Huck

O programa comandado por Luciano Huck promoveu um entretenimento puro, sem grandes ambições. Batalha do Lip Sync foi aberta com dois participantes carismáticos, dispostos a entrar na brincadeira desinibidos. O tom bélico fake arrancou risadas e divertiu quem assistia.

Não há, na Batalha do Lip Sync, a pretensão de buscar oferecer um trabalho artístico e de composição completo, que são propostas vistas em quadros como Dança dos Famosos e Show dos Famosos, muito baseados em “histórias de superação”. Aqui, não. O que vale é a brincadeira e só.

Domingão com Huck

Assim, o quadro promove um resgate do programa de auditório clássico, muito baseado em jogos e brincadeiras no palco sem grandes pretensões. Em suma, é uma farofada, uma bobagem divertida, até meio cafona. Algo que Silvio Santos costuma fazer bem em seus programas, mas que as outras emissoras tinham abandonado.

Chutou o balde

The Masked Singer Brasil

A proposta lembra outro programa da Globo que se mostrou um trunfo na programação recente da emissora. The Masked Singer Brasil tem o mesmo espírito, ao propor uma disputa quase non sense de cantores mascarados. É um programa que não se leva a sério e, por isso mesmo, diverte.

Ivete Sangalo funcionou tão bem no comando da atração que levou este espírito “fuleiro” para o Pipoca da Ivete, seu programa nas tardes de domingo na Globo. A atração reúne jogos clássicos de programa de auditório. Mas, ao contrário do programa dos mascarados, a Pipoca ainda não caiu nas graças do público.

Caldeirola

Porém, nada disso existiria sem o Caldeirão com Mion. Marcos Mion foi o primeiro comunicador da Globo a não ter medo do ridículo e apostar em quadros simples, meio bobos, mas que conseguem prender a atenção do público. Toque de Caixa, Caldeirola e Sobe o Som também trazem este clima “farofa”, que é bem divertido.

Ou seja, com os quadros que têm exibido em seus programas de auditório, a Globo resgata um pouco daquela anarquia que caracterizava as plateias dos anos 1980, que fez a fama de animadores como Chacrinha, Silvio Santos ou Bolinha. É uma cafonice, mas tem seu valor.

Compartilhar.
Avatar photo

André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor