Nova atração do Domingão prova que a Globo chutou o balde de vez
17/08/2022 às 10h15
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Novidade da semana na Globo, a Batalha do Lip Sync veio para incrementar o Domingão com Huck. O quadro reúne duas celebridades por semana, que participam de uma disputa de dublagem promovendo um grande show no palco. Paulo Vieira e Letícia Colin foram os primeiros participantes da atração.
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O programa comandado por Luciano Huck promoveu um entretenimento puro, sem grandes ambições. Batalha do Lip Sync foi aberta com dois participantes carismáticos, dispostos a entrar na brincadeira desinibidos. O tom bélico fake arrancou risadas e divertiu quem assistia.
Não há, na Batalha do Lip Sync, a pretensão de buscar oferecer um trabalho artístico e de composição completo, que são propostas vistas em quadros como Dança dos Famosos e Show dos Famosos, muito baseados em “histórias de superação”. Aqui, não. O que vale é a brincadeira e só.
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Assim, o quadro promove um resgate do programa de auditório clássico, muito baseado em jogos e brincadeiras no palco sem grandes pretensões. Em suma, é uma farofada, uma bobagem divertida, até meio cafona. Algo que Silvio Santos costuma fazer bem em seus programas, mas que as outras emissoras tinham abandonado.
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Chutou o balde
A proposta lembra outro programa da Globo que se mostrou um trunfo na programação recente da emissora. The Masked Singer Brasil tem o mesmo espírito, ao propor uma disputa quase non sense de cantores mascarados. É um programa que não se leva a sério e, por isso mesmo, diverte.
Ivete Sangalo funcionou tão bem no comando da atração que levou este espírito “fuleiro” para o Pipoca da Ivete, seu programa nas tardes de domingo na Globo. A atração reúne jogos clássicos de programa de auditório. Mas, ao contrário do programa dos mascarados, a Pipoca ainda não caiu nas graças do público.
Porém, nada disso existiria sem o Caldeirão com Mion. Marcos Mion foi o primeiro comunicador da Globo a não ter medo do ridículo e apostar em quadros simples, meio bobos, mas que conseguem prender a atenção do público. Toque de Caixa, Caldeirola e Sobe o Som também trazem este clima “farofa”, que é bem divertido.
Ou seja, com os quadros que têm exibido em seus programas de auditório, a Globo resgata um pouco daquela anarquia que caracterizava as plateias dos anos 1980, que fez a fama de animadores como Chacrinha, Silvio Santos ou Bolinha. É uma cafonice, mas tem seu valor.