Noivos invertidos e viuvez precoce: a vida amorosa das princesas de Nos Tempos do Imperador

11/01/2022 às 10h30

Por: Bianca Montagnana
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Quem acompanha a novela Nos Tempos do Imperador fica por dentro do que se passou na vida amorosa das princesas Isabel (Giulia Gayoso) e Leopoldina (Bruna Griphao).

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Nos Tempos do Imperador

Você sabia que a ideia inicial era que Isabel se casasse com Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota (Gil Augusto) e sua irmã ficaria com o Conde D’Eu (Daniel Torres)? Porém, devido a uma maior afinidade entre os casais, foi feito o inverso.

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Confira abaixo mais curiosidades sobre os dois casamentos:

Isabel e Gastão

Nos Tempos do Imperador

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Na vida real, o casamento de Gastão e Isabel ocorreu em 15 de outubro de 1864, na Capela Imperial do Rio de Janeiro, celebrado por D. Romualdo Antônio de Seixas, o Arcebispo da Bahia.

A cerimônia foi cheia de pompa, com direito a um desfile de carruagens saindo de São Cristóvão, seguida do regimento de cavalaria.

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Os convidados eram encaminhados aos seus lugares na Capela Imperial por um mestre de cerimônias. Sobre uma almofada bordada, um fidalgo levou ao altar as condecorações que o Imperador deu ao genro.

Outro, as alianças e dois cartões com as palavras que os jovens repetiriam diante do arcebispo. Um terceiro levou os documentos para serem assinados.

O vestido de Isabel era de filó branco, véu de rendas de Bruxelas e grinalda de flores de laranjeiras. Gastão vestiu o uniforme de marechal.

Após a troca de alianças, ao som de harpas, foi estendida no estrado do altar mor uma colcha bordada a ouro, onde os noivos se ajoelharam para receber as bênçãos.

A seguir, Gastão foi condecorado e recebeu “um ósculo paternal” do Imperador, numa demonstração pública de que estava entrando oficialmente para a Família Imperial.

Na saída, uma salva de artilharia postada no largo do palácio e correspondida pelas fortalezas e embarcações colocadas em semicírculo na baia anunciaria aos moradores da cidade que a cerimônia estava concluída. Para encerrar, houve desfile militar e recepção no Paço.

Casal apaixonado

Isabel e Conde D'Eu

Os historiadores relatam que os registros feitos pela Princesa e pelo Conde mostram um casal extremamente apaixonado, com uma relação sólida. Da união nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio.

Em 1921, a saúde da Princesa começou a se deteriorar e ela mal conseguia andar.

Isabel acabou morrendo aos 75 anos de idade, em 14 de novembro de 1921, sendo inicialmente enterrada na tumba da Casa d’Orleães em Dreux, França.

O Conde d’Eu morreu no ano seguinte, de causas naturais, a bordo do navio Massilia. Ambos estão sepultados no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.

Leopoldina e Augusto

Nos Tempos do Imperador

Já Leopoldina casou-se com Augusto, o Duque de Saxe-Coburgo , em 15 de dezembro de 1864. O casal recebeu uma dotação de 300 contos de réis para aquisição de uma residência no Rio de Janeiro, da qual eles e seus descendentes teriam o usufruto, mas que permaneceria como patrimônio nacional.

O imóvel escolhido foi um palacete vizinho ao Palácio de São Cristóvão, batizado como “Palácio Leopoldina”.

Após o nascimento do primeiro filho, o casal passou a viver entre o Brasil e a Europa, sempre retornando à terra natal para o nascimento de seus filhos.

Quando descobriu-se grávida do quarto filho, Leopoldina e o marido decidiram que não voltariam ao Brasil e ficaram de vez na Áustria.

Leopoldina e Luis Augusto

O casal teve quatro filhos: Pedro Augusto, Augusto Leopoldo, José Fernando e Luís Gastão. Apesar da prosperidade no casamento e na família, Leopoldina teve uma vida curta.

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Morte precoce

Pouco mais de seis anos após ter se casado, ela faleceu, em 1871, aos 23 anos, vítima de febre tifoide.

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Viúvo, Augusto passou a viver com seus pais, e sua mãe, Clementina de Orléans, substitui Leopoldina na educação de seus filhos.

Ele dedicou-se à caça, uma paixão, além de ter feito algumas viagens ao redor do mundo. O Príncipe também realizou algumas missões a serviço de Dom Pedro II.

Seus últimos anos foram marcados pela morte de um de seus filhos mais novos, pela queda da monarquia constitucional no Brasil e pela loucura de seu filho mais velho, internado em 1891.

Bastante abalado pela perda de sua mãe, Augusto morreu poucos meses depois dela, em 14 de setembro de 1907.

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