No Limite tem início promissor, mas deveria ser diário como o BBB

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O primeiro No Limite estreou no dia 23 de julho de 2000, há quase 21 anos. Foi um fenômeno de audiência. O primeiro reality brasileiro e apresentado por Zeca Camargo. Teve mais duas temporadas, que não repetiram o mesmo sucesso. O formato acabou cancelado em 2002. Após oito anos de hiato, a quarta temporada estreou em 30 de julho de 2009, com o mesmo apresentador. Também não conseguiu repetir o êxito do primeiro ano. A Globo novamente desistiu da produção.

Mas agora, em meio a uma escassez de produtos inéditos por conta da pandemia, Boninho resolveu apostar pela terceira vez no formato e estreou uma nova edição na última terça (11), uma semana após o fim do BBB21.

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O diretor sabe que o público fã do Big Brother Brasil fica com um grande vazio quando a temporada acaba, ainda mais sendo de grande sucesso como foi a vencida por Juliette Freire. Para aplacar um pouco essa necessidade dos telespectadores por algo inédito em um momento tão difícil para o país, onde a válvula de escape do entretenimento se mostra vital, Boninho quis arriscar com o retorno do No Limite e ainda selecionou somente ex-BBBs como estratégia de um bom chamariz para a audiência. E já é possível afirmar que funcionou.

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Agora sob o comando de André Marques, o reality de sobrevivência tem no elenco André (BBB13); Angélica (BBB15); Arcrebiano (BBB21); Ariadna (BBB11); Carol Peixinho (BBB19); Elana (BBB19); Gleici (campeã do BBB18); Gui Napolitano (BBB20); Iris Stefanelli (BBB5); Jéssica (BBB18); Kaysar (BBB18); Lucas Chumbo (BBB20); Mahmoud (BBB18); Marcelo Zulu (BBB4); Paula Amorim (BBB18) e Viegas (BBB18).

A 18ª oitava edição do BBB é a que mais tem concorrentes: seis ao todo. E a seleção no geral foi muito acertada. Todos foram bons em provas de resistência nas temporadas do Big Brother Brasil e a única exceção foi mesmo Mahmoud, não por acaso o primeiro eliminado.

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Assim que chegaram à Praia Brava, nome fictício do local onde acontece a competição, os participantes foram divididos em dois grupos: Carcará e Calango. O erro foi não ter mostrado para o telespectador como a divisão foi feita. Fez falta. E os perrengues já começaram na sequência. Logo nos primeiros minutos, os times foram submetidos a provas desgastantes.

No jogo de sobrevivência, os ex-brothers viram que a Xepa do BBB parece luxo perto do novo desafio. Ariadna foi a primeira que sentiu a dificuldade da disputa e confessou seu sedentarismo nos últimos anos. Teve sorte que sua equipe saiu triunfante em duas das três provas da estreia. O acampamento não tem regalias e os concorrentes contam apenas com recursos básicos para sobreviver. As dificuldades vão além da convivência. É preciso resistência física e psicológica para superar as provas de força, raciocínio e estratégia.

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A estreia teve boas disputas e até algumas desavenças, tudo o que se espera de um reality. Alguns concorrentes já despontam como favoritos em virtude das boas habilidades, como Paula, Elana, Zulu e Kaysar. Já Iris se incomodou com a comemoração de Angélica em uma prova, enquanto Carol e Kaysar trocaram farpas na primeira discussão da equipe. Mas ainda é cedo para maiores análises.

E vale lembrar que na dinâmica do No Limite não há votação popular. A equipe derrotada na disputa pela imunidade da semana precisa votar entre seus membros e o mais votado é automaticamente eliminado. Cada um precisa escrever o nome do escolhido e depois mostrar para a câmera. O apresentador lê o resultado e quebra o símbolo do colar do participante que sai. O local da votação é chamado Portal da Eliminação. Também há ainda a Prova dos Privilégios, quando o grupo vencedor leva alguns mantimentos ou objetos que facilitam o acampamento.

O No Limite é baseado no formato estadunidense Survivor, que, por sua vez, é uma versão do programa sueco Expedition Robinson. O início da nova temporada foi promissor e Boninho novamente mostrou o craque que é na produção de realities. É até uma pena o formato ser semanal e não diário. Que venham os próximos episódios.

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