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Silvero Pereira, o Zaquieu de Pantanal, já tem definido o seu próximo trabalho após o fim da novela; será uma produção sobre a vida de Clodovil. A série será produzida para o Paramount+ e, de acordo com Patrícia Kogut, terá início em 2023. O roteiro será baseado na biografia do artista, que se chama Tons de Clô, de Carlos Minuano.
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A produção deverá mostrar diversas áreas da história do estilista, como o início de sua vida, encontrado ainda bebê em um formigueiro. Sua fase na política, a competição com o também estilista Dener Pamplona e até polêmicas, como a discussão com Marília Gabriela, também estarão presentes na série.
Antes da produção da série, que seria realizada este ano e foi adiada, Silvero pretende sair da novela direto para os palcos. O artista sairá em turnê com o show Silvero interpreta Belchior.
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Escalação acertada
A escalação do ator para dar vida ao polêmico artista foi bastante acertada. Com isso, se está dando a oportunidade de um ator assumidamente homossexual ocupar o seu espaço, interpretando um papel que acena para um ator gay.
O movimento é importante para evitar que atores heterossexuais acabem por ocupar os papeis que deveriam ser dedicados a essa categoria, impedindo uma natural representatividade.
O próprio ator contou, em entrevista recente, que se arrependeu de haver interpretado um transexual em Império (2014), pois hoje em dia, ao ter mais consciência, percebeu que acabou por tirar a vaga de um ator exclusivamente trans.
A vida de Clodovil
Clodovil, além de estilista, como todos sabem, foi também apresentador, ator, político e filantropo que nasceu em Elisiário, no interior do estado de São Paulo.
Começou na carreira como costureiro nos anos 50. Na década de 70, já desenhava roupas para a alta costura e chegou a produzir figurinos para o cinema.
Clodovil chegou à TV na década de 80, trabalhando em diversas estações, de onde quase sempre era demitido devido as suas declarações polêmicas direcionadas a outras celebridades. Também se dedicou ao teatro e a música e entrou para a política nos anos 2000, sendo o terceiro deputado federal mais votado das eleições de 2006.
Clodovil era considerado controverso, pois era assumidamente homossexual, mas graças a sua criação religiosa era contra o casamento gay e a parada LGBT. Além disso, envolveu-se em outras polêmicas e chegou a ser acusado de racismo.
Morte
Em 17 de março de 2009, o artista falecia, aos 71 anos, vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Carlos Minuano, seu biógrafo, contou ao NaTelinha, do UOL, que até hoje acha estranho a causa da morte do artista. De fato, existem muitos boatos de que tenha sido um assassinato. Diversos programas de fofocas da época repercutiram as possibilidades, porém, de forma banal, e isso acabou banalizando o caso que não foi levado a sério como uma possibilidade real.
“Penso que a boataria sobre o suposto assassinato em programas de fofoca foi explorada de uma forma muito caricata e sensacionalista, isso acabou servindo como uma cortina de fumaça na mídia que acabou levando a história real para debaixo do tapete”, disse em entrevista ao portal.
A partir de 2005, ele passou a sofrer graves problemas de saúde, realizando diversas cirurgias para remover um tumor na próstata. Clodovil desenvolveu incontinência urinária, sofreu derrame cerebral e teve o lado direito do corpo paralisado, o que colaborou para o seu enfraquecimento, principalmente por volta de 2007.