Favas contadas. De acordo com informações do jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, Gugu Liberato não deve renovar seu compromisso com a Record. O contrato entre as partes expira no próximo dia 31. Extraoficialmente, fala-se na recusa do apresentador em seguir os passos de Xuxa Meneghel: outrora animadora; hoje relegada a um formato pronto que já caminha para a exaustão – vem aí a terceira temporada do Dancing Brasil, pois é.
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Fato é que Gugu talvez não tenha se dado conta, mas está, há tempos, aprisionado em um formato desinteressante e desgastado. Sua atração de toda quarta-feira se resume a entrevistas “bombásticas” com celebridades (e subcelebridades), pautas sobre beleza e emagrecimento e externas como personalidades vivendo situações de penúria nas ruas – na linha assistencialista seguida à risca por Geraldo Luís, que impregnou no antes divertido Rodrigo Faro e chegou a respingar em Sabrina Sato.
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Garoto prodígio, Augusto Liberato ganhou relevância na televisão com o Viva a Noite (1982), que chegou a incomodar a Globo nas noites de sábado. Evidente que o êxito despertou o interesse da emissora-líder, que travou uma batalha com Silvio Santos pelo passe do então jovenzinho Gugu, “readquirido” a peso de ouro pelo “patrão”, com a promessa de ocupar boa parte da então intocável programação dominical. A consagração do sucessor do “homem do Baú” veio em 1993, com o Domingo Legal.
Do famigerado quadro da banheira até a cobertura jornalística de rebeliões e outros acontecimentos de interesse de todo país, passando por horas no palco com uma única atração – quem não se lembra do “showzaço” dos Mamonas Assassinas, com direito ao vocalista Dinho carregando a namorada nos braços? O Domingo Legal colocou o SBT à frente da Globo e do Domingão do Faustão, inabalável desde 1989. Mas caiu em desgraça com a forjada entrevista com “integrantes do PCC”.
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Gugu Liberato jamais se reencontrou. Em 2009, a transferência, que rendeu cifras milionárias, para a Record. Infeliz nesta primeira investida no canal de Edir Macedo, o apresentador saiu para voltar em esquema de parceria; após anos, longe dos domingos. O programa Gugu acumula altos e baixos: capaz de fazer frente ao Boteco do Ratinho em suas primeiras edições; hoje longe de se aproximar de seu principal concorrente. A Record, segundo Flávio Ricco (UOL), já desligou a equipe da atração.
De acordo com o jornalista Gabriel Perline, do Estadão, há interesse da Band em contar com Gugu Liberato no próximo ano, à frente de um programa de auditório e de um game-show. Caberá a ele abrir as portas da casa nova com o mesmo entusiasmo dos tempos de liderança, longe do formato ao qual, talvez inconscientemente, está condicionado há anos. Por sua história, e por tudo o que representa para a TV brasileira, Gugu precisa se dar esta nova chance.