SEM SENTIDO

Não precisava: Globo desrespeita o público com mudança brusca em Tieta

Lídia Brondi em Tieta

Lídia Brondi em Tieta

Algumas decisões da atual direção da Globo são inexplicáveis e indefensáveis. A mais recente deles envolve a abertura de Tieta, que foi censurada pela própria emissora.

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Não seria a primeira vez que o canal teria que mexer numa vinheta de uma novela. Isso já foi visto nas reprises de Mulheres de Areia (1993) e Fina Estampa (2011), por exemplo.

Indefinição

Isadora Ribeiro e Hans Donner

Desde o dia em que a reprise de Tieta foi confirmada, imaginava-se que a abertura seria o calcanhar de Aquiles da emissora.

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Tudo isso porque a peça criada por Hans Donner tem Isadora Ribeiro com os seios à mostra.

Nos primeiros capítulos, foi exibida uma rápida vinheta, até porque a obra fazia dobradinha com Alma Gêmea. No entanto, com o passar dos dias, mesmo com o término da novela de Walcyr Carrasco, nada de abertura completa.

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O público cobrava nas redes sociais e até o Sindicato de Atores e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (SATED-RJ) emitiu uma nota dizendo que a decisão feria a Lei do Direito Autoral, já que os artistas obrigatoriamente precisam ser citados.

Não precisava

Isadora Ribeiro na abertura de Tieta

Há alguns dias, veio a decisão da Globo. E ela não podia ser pior: Tieta não terá uma abertura propriamente dita, mas um arremedo de vinheta, de poucos segundos, apenas para mostrar os nomes do elenco.

O fato virou piada e aumentou a revolta do público nas redes sociais.

A controversa escolha da emissora pode ter a ver com as recentes decisões de cortar tramas e cenas que possam chocar o público mais conservador.

Até outro dia, por exemplo, dizia-se que a reprise de novelas com temática espírita, como A Viagem e Alma Gêmea, estava proibida.

Mas a Globo não precisava passar por tudo isso e gerar mais uma polêmica desnecessária.

Se quisesse, a emissora poderia mostrar a vinheta completa, já que não existe mais a obrigatoriedade de determinar a exibição de algo na televisão de acordo com a classificação indicativa.

Em pleno 2024, com tudo que é visto na própria televisão e nas redes sociais, seria pouco provável que uma obra artística, com pequenas adaptações, deixasse o público tão chocado assim.

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