Não muda: Globo bate o martelo e decide manter quatro marcas de Vale Tudo

Cada vez que uma mudança no remake de Vale Tudo é anunciada, muita gente entra em desespero, pelo menos nas redes sociais. Manuela Dias, autora que está a cargo da nova versão, já anunciou que a trama terá diversas novidades.

No entanto, algumas marcas da primeira versão da novela, exibida entre 1988 e 1989, estão garantidas na produção que vai estrear em março do ano que vem, como os porres históricos de Heleninha (Renata Sorrah).

Confira quatro exemplos na lista abaixo:

Congelamento

Uma das marcas de Vale Tudo era o congelamento que acontecia no final de cada episódio, antes da exibição das cenas dos próximos capítulos.

O personagem em destaque no gancho para o dia seguinte tinha sua imagem congelada na tela, ficando em preto e branco, ao som do samba derivado do tema de abertura.

Outras novelas de Gilberto Braga usaram o recurso, como Corpo a Corpo (1984), Celebridade (2003) e Paraíso Tropical (2007).

Avenida Brasil (2012), de João Emanuel Carneiro, também fazia o público esperar para ver quem seria o congelado do dia.

Foz do Iguaçu

A cidade onde começa a história de Vale Tudo será a mesma da primeira versão: Foz do Iguaçu (PR).

No início da novela, Raquel (Regina Duarte) era guia de turismo e morava com o pai, Salvador (Sebastião Vasconcelos), e a filha ambiciosa, Maria de Fátima (Gloria Pires).

Nessa localidade aconteceram cenas marcantes, como o embate entre a garota e o avô, que discutiram sobre honestidade; foi onde Fátima conheceu César (Carlos Alberto Riccelli) e, depois, vendeu a casa de Salvador, após sua morte, sem o consentimento da mãe, pegando o dinheiro e indo tentar a carreira de modelo no Rio de Janeiro.

Brasil

O passatempo preferido de Odete Roitman (Beatriz Segall) era falar mal do Brasil.

Logo em sua primeira cena da novela, com uma entrada triunfal no final do capítulo 27, a vilã já desancou sua terra natal e seus habitantes.

Ela também discutiu o tema com personagens que defendiam a pátria, como Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Solange (Lidia Brondi), e não conformava que o filho queria morar no Rio de Janeiro ao invés de Paris, na França.

De acordo com a autora, as críticas de Odete, agora vivida por Débora Bloch, serão mantidas, com as devidas atualizações.

Bebida

Em entrevista à Folha de S.Paulo, a autora disse que ia mexer em algumas coisas na trama, dando, por exemplo, um tratamento mais sóbrio ao alcoolismo de Heleninha, que será vivida por Paolla Oliveira na nova versão.

No entanto, Manuela Dias vai manter cenas que marcaram época na primeira versão, quando a personagem foi eternizada por Renata Sorrah.

Após algum tempo de sobriedade, a artista plástica se entrega novamente ao vício e toma um porre histórico quando a mãe, Odete, volta ao Brasil. A cena será mantida.

Outras duas cenas aguardadas são mais adiante, quando ela vai a uma boate e pede para o DJ tocar um “mambo bem caliente”, e, antes da mãe ser assassinada, Heleninha destrói um bar após o garçom se recusar a servir mais bebida.