Não é só a Globo: sucessora de Reis coloca Record em enrascada

Reprodução / Record

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A Globo já não é mais a mesma. A emissora tem encontrado dificuldades em organizar a fila de suas próximas novelas, sobretudo no horário das nove. O canal demorou até escolher Renascer como a sucessora de Terra e Paixão, mas, ainda assim, o remake da obra de Benedito Ruy Barbosa está cercado de dúvidas.

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Mas na Record, o cenário não é diferente. Na verdade, é bem pior. A emissora simplesmente não tem o que colocar no ar após encerrar a exibição da oitava temporada de Reis, que deve sair do vídeo em setembro.

Falta de planejamento

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Desde que começou a investir mais seriamente em teledramaturgia, a Record enfrenta dificuldades com sua costumeira falta de planejamento. No entanto, a crise nunca foi tão intensa quanto agora. O canal direcionou seus esforços na produção de Reis e acabou se esquecendo de buscar novos projetos.

Como foi lançado como uma espécie de série, dividida em temporadas, Reis passa por hiatos desde seu início. Em sua primeira pausa, no primeiro semestre do ano passado, a trama bíblica foi substituída pela novela teen Todas as Garotas em Mim.

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A ideia da Record era que a trama adolescente retornasse mais adiante, revezando suas temporadas com as de Reis. No entanto, como a novela foi um desastre em todos os sentidos, derrubando a audiência do horário e sendo defenestrada pela crítica, o canal acabou desistindo de continuar a história da digital influencer Mirella (Mharessa, foto acima).

Mas, em vez de buscar uma nova atração para substituir a novela bíblica jovem, a emissora simplesmente cruzou os braços e passou a se dedicar apenas a Reis. Assim, o canal não tem o que colocar no ar após o término da oitava temporada.

Reprise da reprise

Divulgação / Record

De acordo com o portal Notícias da TV, a oitava temporada de Reis será encerrada em setembro deste ano. Depois disso, a trama fará uma nova interrupção e voltará ao ar apenas em 2024, quando (finalmente) serão exibidas as temporadas finais.

Assim, segundo a publicação, a emissora não tem o que colocar no ar neste último hiato de Reis. Provavelmente, o canal deve recorrer a uma reprise, assim como fez no final do ano passado, quando Reis foi substituída pela enésima reapresentação de Jesus (2018).

Porém, o plano tem problemas. Um deles é que a emissora não dispõe de tantos títulos disponíveis para uma reprise. Até porque as tramas de algumas de suas minisséries bíblicas, como Rei Davi (2012, foto acima, com Leonardo Brício), também são retratadas em Reis, o que inviabiliza sua reapresentação.

Outro problema é financeiro. Uma reprise em pleno horário nobre, numa faixa em que SBT e Globo exibem novelas inéditas, desvaloriza o intervalo comercial.

Problema da concorrência

Reprodução / Globoplay

A Globo vive um problema parecido, consideradas as devidas proporções. A emissora também enfrenta dificuldades em organizar a fila de suas próximas novelas das nove. Até pouco tempo atrás, o canal costumava planejar suas tramas seguintes com até três anos de antecedência. Isso acabou.

No ano passado, a emissora optou por migrar Todas as Flores (foto acima, com Letícia Colin) para o Globoplay e adiantar Travessia no horário nobre. Com isso, o canal ficou apenas com Terra e Paixão, de Walcyr Carrasco, na fila do horário. Demorou um bom tempo até que a emissora batesse o martelo e definisse o remake de Renascer como substituta da atual trama das nove.

Porém, nas últimas semanas, surgiram fortes rumores sobre um possível adiamento de Renascer, já que a novela de Benedito Ruy Barbosa, que será atualizada por Bruno Luperi, tem várias semelhanças com Terra e Paixão. O problema é que não há o que colocar no ar, caso Renascer seja mesmo adiada.

A emissora tem como opção O Grande Golpe, novela de Maria Helena Nascimento e Ricardo Linhares que foi aprovada há tempos, mas encontra dificuldades em sair do papel. Ou seja, tanto na Record quanto na Globo, o futuro do horário nobre é uma grande incógnita.

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