A notícia da saída de Tiago Leifert da Globo pegou todo mundo de surpresa. Recentemente, um dos nomes mais importantes da emissora deixou vaga a apresentação do principal reality show da televisão: o Big Brother Brasil, além do The Voice, ao anunciar que não renovaria seu contrato.

O principal nome ventilado para substituir Leifert no comando do reality foi o de Marcos Mion, que atualmente está à frente do novo Caldeirão. Depois do grande sucesso no comando de A Fazenda, era natural que ele seja lembrado e com uma boa torcida a seu favor.

Também concorria pela vaga, com menos chances, a ex-BBB Ana Clara, que comanda atrações relacionadas aos bastidores do programa.

No final das contas, Tadeu Schmidt acabou deixando o Fantástico para repetir o que fez Pedro Bial, em 2002, e assumir o comando da casa mais vigiada do Brasil. E isso foi bom para Marcos Mion, que, em seguida, teve anunciada sua permanência de forma fixa no comando do programa das tardes de sábado em 2022.

Neste momento, a ida de Mion para o BBB não seria um acerto da Globo. Não há dúvidas de que Mion faria sucesso na condução do reality, mas também não seria o caso de deixá-lo apenas no comando de um formato que ocorre uma vez por ano, durante alguns meses.

Livre das amarras da Record, ao assumir o Caldeirão, Mion trouxe para as tardes de sábado um programa movimentado e bem-humorado, que há muito tempo o público não via na tela da Globo.

Com bons índices de audiência, a atração vem agradando todo mundo, principalmente o quadro “Isso a Globo Mostra”, momento em que o apresentador exibe todo seu talento com improviso ao analisar vídeos antigos, algo que ele fazia no ano 2000, na MTV Brasil.

O público já aprovou Mion na Globo, em especial, na atração que ele vem conduzindo. Foi um acerto a fixação de seu nome no comando do programa, sem a limitação de um formato, aproveitando seu carisma e sua capacidade de se comunicar com todos os públicos de todas as classes, e sem a costumeira choradeira vista no antigo programa de Luciano Huck.

Tirar Mion dos sábados, neste momento, seria um grande erro. O caminho dele, se tudo continuar assim, é bastante claro: as tardes de domingo, no lugar que já foi um dia de Faustão.

Com Tadeu Schmidt, a Globo oxigena o BBB com um comunicador carismático, sem arriscar um produto tão rentável e líder audiência. Evidentemente, deverá ocorrer um estranhamento por parte do público e uma adaptação do apresentador, como foi com Leifert quando ele assumiu, em 2017. Mas as temporadas de 2020 e, principalmente, de 2021, mostraram o acerto da escolha.

Quanto à Ana Clara, ela é jovem, já mostrou suas qualidades como apresentadora e vem recebendo elogios do público pela forma simples e direta de falar com o telespectador. Ainda conta o fato de ter vivido intensamente o BBB, como participante.

Assim como a Record fez bem em colocar Adriane Galisteu no comando de seu principalmente reality show, A Fazenda, Ana Clara tem tudo para ser apresentadora do BBB no futuro.

Tudo indica que a Globo está no caminho certo, inovando seus programas com um tom mais popular e jovem, mas sem deixar de lado seu tradicional padrão de qualidade.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor