Não aprende: quanto mais copiar a Record, mais o SBT vai se afundar

Os Dez Mandamentos - Guilherme Winter

Moisés (Guilherme Winter) em Os Dez Mandamentos (Reprodução / Record)

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Não é novidade que o SBT vive uma crise sem precedentes. Ao que tudo indica, o canal agora vai apostar em produções bíblicas, assim como a Record, que investe em tramas como Os Dez Mandamentos há algum tempo.

Moisés (Guilherme Winter) em Os Dez Mandamentos (Reprodução / Record)

Além do declínio de audiência, a emissora de Silvio Santos também sofre com uma crise de identidade. Porém, quanto mais o SBT copia modelos da concorrente que em nada combinam com o seu DNA, mais se afunda na lama.

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Em ascensão no ibope com alguns programas específicos, Silvio achou que o modelo de grade da Record era o que o seu canal precisava para competir de igual para igual em alguns horários.

Dessa forma, o empresário garantiu alguns formatos claramente baseados nos da rival. Acontece que todos os produtos não “conversaram” com o telespectador da emissora e foram grandiosos fracassos de audiência.

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Sem impacto

O apresentador Marcão do Povo (Reprodução / SBT)

Assistindo à boa fase do jornalismo da concorrente, o dono do Baú decidiu que a sua rede precisava do seu próprio telejornal popular.

Assim, ele não só criou o Primeiro Impacto, como também colocou um ex-Record no comando. Marcão do Povo chegou à empresa após o degradante caso de racismo contra a cantora Ludmila.

No ar até hoje, o noticiário nunca foi um sucesso nos números, pelo contrário. Mesmo assim, acabou virando um tapa-buraco nas manhãs da estação que, por falta de produtos, o exibe das 6h até perto do meio-dia. Já houve época em que a atração passou das 13h.

Mais cópias

Chris Flores à frente do Fofocalizando (Reprodução / SBT)

Foi pensando ainda no Balanço Geral que surgiu o Fofocando, hoje Fofocalizando. Foi uma resposta direta ao A Hora da Venenosa, quadro de fofocas exibido dentro do informativo.

Feita para competir no mesmo horário, a atração é um fracasso retumbante de audiência. Já passou por diversos formatos, horários e até mesmo mudança de nomes, mas nunca funcionou.

Por ser um projeto do dono do canal, ninguém se arrisca a mexer, mesmo que chegue a marcar 1 ponto e ficar em quinto lugar no Ibope.

Drama de domingo

Eliana e Celso Portiolli (Divulgação / SBT)

Até as histórias tristes e apelativas que Eliana conta em seu programa, e que Celso Portiolli foi obrigado a colocar no Domingo Legal – sem sucesso e recuando rapidamente – veio da amiga rival.

As reportagens de superação cheias de dramas e choro que respondem pela reclamação dos internautas foram importadas do Hora do Faro – em seu auge de audiência – e do extinto Domingo Show, de Geraldo Luís, que pelo seu sensacionalismo explosivo em audiência se tornou o sonho de consumo do patriarca dos Abravanel.

Transformado em Record

Para completar a “Recordização”, a assessoria da rede confirmou ter adquirido os direitos da série bíblica The Chosen – Os Escolhidos. É mais uma tentativa de se inspirar na grade da TV dos bispos.

O problema é que nem mesmo lá essas histórias fazem mais sucesso, além de o gênero estar claramente cansado.

Entre não saber se quer ser SBT ou Record, o canal ainda tentou ser TV paga, apostando em formatos completamente distantes da realidade do público da televisão aberta.

Dessa forma, vieram o Te Devo Essa – Brasil, Mestres da Sabotagem, BBQ Brasil, Famílias Frente a Frente. E o resultado? Todos fracassaram.

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