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O diretor Mauro Mendonça Filho, que comanda a novela Travessia, recém-estreada na faixa das nove da Globo, falou sobre o desempenho de Jade Picon na novela, que tem dividido opiniões entre os telespectadores. Ele assegurou que não se importa muito com as críticas.
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Em entrevista à jornalista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o diretor afirmou não se preocupar com as críticas que a jovem recebe em relação a sua atuação, principalmente quando elas provêm de atividades anteriores à estreia da trama. Ou seja, críticas que não possuem nada a ver com o trabalho.
Porém, quando os comentários se dão em relação ao desempenho mostrado em vídeo pela ex-BBB, Mauro assume que os toma para si também mas que, no fim, os vê como normal.
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Vale lembrar que Jade não é atriz, mas foi convidada por Gloria Perez, autora da novela, para um papel na trama.
A moça acabou ficando com um personagem que passa bem perto da sua vida real. Trata-se de uma influenciadora das redes sociais, rica, conhecida e mimada.
Conselho à Jade
Mendonça foi categórico ao assumir que a produção não está dando importância para as críticas à atuação de Jade e disse que todos os envolvidos na novela estão trabalhando seriamente para que ela funcione.
Na conversa, ele ainda deixou uma mensagem para a aprendiz em forma de conselho. O diretor disse que é normal que o trabalho de Jade não agrade, mas o que ela precisa fazer é continuar, até que ele chegue a agradar o público em algum momento.
“Se o seu trabalho não agradar, é supernormal. Trabalha para continuar e agradar. Isso é da profissão de atriz”, falou em entrevista.
Jade não agrada, mas texto também não ajuda
As críticas ao desempenho de Picon não são poucas, mas também precisamos concordar que o texto não está ajudando em nada.
Em diversas cenas, a garota precisa destilar um amontoado de gírias derivadas da internet, que nem mesmo os internautas aceitam no contexto em que elas vão para o ar.
Esses dias mesmo, Chiara pediu para o pai não “flopar” o lance dela com Ari…
Escritos para “flopar”
Além disso, os papéis escritos – não somente para Jade – não poderiam ter outro resultado que não a antipatia por parte do público. Um exemplo é Ari, interpretado por Chay Suede.
Ari vem do Maranhão, esquece que tem noiva e filhos e passa a se relacionar com Chiara pelo gostinho de ter vida de milionário. A influencer, por sua vez, não dá a menor importância para nenhuma dessas informações. Totalmente mimada, para ela só o que importa é ficar com o cara. Como torcer para um casal desse nível?
Ainda que a atuação de Jade fosse digna de Hollywood, não teríamos por ela muita boa vontade diante do personagem escrito para ela interpretar.
Tem que ter “borogodó”
Mauro ainda contou que não vê mais muita diferença entre o ator de teatro e o te televisão e que, hoje em dia, com a internet, as oportunidades são maiores. Mas, segundo o diretor, os atores vão se perdendo e se encontrando no caminho, e aqueles que têm alguma coisa a mais conseguem permanecer em meio à concorrência.
“[…] Com a tecnologia, a gente vê inúmeras pessoas de quem nunca tinha ouvido falar, entrevistadores fazendo papéis de jornalistas. Uns fazendo muito bem, outros fazendo muito mal. Mas muita gente mostra talento. Essa é a nossa profissão. É importante mostrar talento e seriedade. As portas se abrem para quem tem algum borogodó. E seriedade vale para cada um. Vários atores vão perdendo e achando no meio do caminho. E tem outros que traçam rumos opostos. O pessoal tem que acreditar, saber explorar, encontrar”, explicou.
Se ele acha que Jade tem esse tal “borogodó” para sobreviver nessa cova de leões do mercado da atuação e passará bem por toda Travessia, isso só o tempo dirá.